Na última terça-feira, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg pediu o apoio de pastores de igrejas evangélicas na luta contra a dengue e a febre chikungunya - ambas transmitidas pelo mesmo mosquito: Aedes aegypti. O pedido foi feito em uma reunião com líderes religiosos na residência oficial do governo, em Águas Claras.
Rollemberg pediu que fossem dados avisos nos cultos, orientando a população sobre o que é possível fazer para combater a proliferação do inseto.
“Nosso apelo às lideranças é que, nos cultos, orientem a população a gastar cinco minutos por dia fazendo o controle e o acompanhamento para evitar a reprodução do mosquito da dengue”, disse
Segundo a Secretaria de Saúde, 11.458 casos de dengue foram registrados em 2014 e 11.520 em 2013. Ainda mais alarmante são as estatísticas que indicam o aumento no número de mortes de um ano para o outro: passou de 5 para 18. Além disso, já foram registrados três casos de chikungunya em 2014 no DF.
Rollemberg afirmou que, a partir do próximo final de semana, 200 militares do Exército também irão contribuir com a vigilância. O pedido de ajuda foi feito ao Exército na semana passada.
Também participaram da reunião, a deputada e presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), o secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas, e a presidente da Agefis, Bruna Pinheiro.
Regularização de templos
Antes de expôr seus pedidos de apoio no combate à dengue, o governador ouviu a opinião e reclamações de líderes evangélicos sobre assuntos, como a regularização dos lotes das igrejas.
“Todo dia, nós sofremos ameaças da Agefis. É um peso assustador”, disse o pastor de uma igreja no P Norte, em Ceilândia, que afirma estar instalado no local desde 2000. Os pastores também questionaram o governo e a representante da Câmara sobre a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), retirada do parlamento sem aprovação. A proposta alterava as regras de concessão e uso dos templos.
O governador afirmou que tem compromisso em regularizar a situação dos templos, mas que não dará andamento ao processo sem segurança jurídica.
“Vamos trabalhar para isso, mas vamos ser muito rigorosos no combate à ocupação irregular daqui para frente. É nossa obrigação”, disse.