A Igreja argentina resolveu consultar o povo sobre a união gay. O bispo auxiliar da cidade de La Plata, Antonio Marino, anunciou que a instituição vai propor um plebiscito para a população argentina decidir se concorda com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Segundo a cúpula da Igreja, que se opõe categoricamente à lei, um plebiscito para definir a eventual aprovação ou rejeição ao projeto de casamento homossexual constituiria "uma via mais razoável" do que seu atual debate no Congresso.
O bispo, uma das principais autoridades católicas argentinas, sustenta que diversos parlamentares estão sendo pressionados para aprovar a lei. Diz ele que senadores alinhados com a Igreja confessaram estar apoiando oficialmente a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo por aquilo que denominou de "realismo político".
Enquanto isso, militantes de organizações católicas pretendem pressionar os senadores por conta própria com a convocação de uma marcha de protesto, em 13 de julho, véspera da votação do projeto de lei no Senado.
O projeto, que esteve engavetado durante meses no Legislativo - e que foi aprovado recentemente na Câmara de Deputados - provocou divisões dentro do governo da presidente Cristina Kirchner e dos próprios partidos da oposição. Nas últimas semanas, atores e intelectuais fizeram campanhas a favor do casamento entre homossexuais