O Conselho de Igrejas de Cuba (CIC) enviou carta ao presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, pedindo a libertação de cinco cubanos presos naquele país.
"Pedimos, encarecidamente, que no Dia de Ação de Graças, no próximo dia 25 de novembro, você assine a libertação de Gerardo Hernández Nordelo, Ramón Labañino Salazar, René González Sehwerert, Fernando González Llort e Antonio Guerrero Rodríguez". Os cubanos estão presos há 12 anos, sem ter a oportunidade, no período, de se encontrar com as esposas. Eles foram condenados por espionagem, embora não tenha sido comprovada a acusação.
Os líderes eclesiásticos cubanos dirigiram-se a Obama como irmãos, porque reconhecemos o seu compromisso evangélico e religioso. O governo de Cuba garantiu que essas pessoas não tinham nenhuma intenção de atentar contra a segurança dos Estados Unidos, senão descobrir planos de desestabilização e de terrorismo eventualmente programados para a Ilha.
Em memória do grupo de desportistas cubanos passageiros de avião da Cubana que sofreu atentado à bomba quando decolava de Barbados, em 1976, matando os 73 passageiros e tripulantes, o Conselho de Estado e de Ministros da Ilha proclamaram o 6 de outubro como Dia das Vítimas do Terrorismo de Estado.
"Hoje estamos aqui para render tributo aos 3.478 cubanos que morreram e 2.099 que ficaram incapacitados para sempre por atos terroristas executados durante meio século contra nossa pátria. Os mártires de Barbados integram a longa lista dos caídos que não esquecemos nem esqueceremos jamais", disse o presidente da República, Raúl Castro.
O presidente disse que os autores do crime de Barbados, Orlando Bosch e Luis Posada Carriis, viveram e ainda residem impunemente em Miami. O primeiro, graças ao perdão executivo do então presidente George Bush (pai), que era diretor da CIA quando seus agentes sabotaram o avião cubano. O segundo, amparado por Bush (filho), espera em liberdade a realização de júri por causas menores e não pelo ato terrorista.
Adriana Pérez, mulher de Gerardo, e Olga Salanueva, iniciaram giro por países europeus pedindo aos governos da Bélgica, Luxemburgo, Áustria, Eslovênia e Espanha para que intervenham junto a Obama pela liberdade de seus maridos.
"Sabemos que a administração Obama é vulnerável, que o presidente não tomaria nenhuma decisão voluntária ou espontânea. Por isso é necessário intensificar todas as ações para que Obama possa ter respaldo internacional", afirmou Adriana. As duas mulheres não obtiveram licença das autoridades estadunidenses para visitar seus maridos na prisão.
Por José Aurelio Paz