Jovem abandona as drogas e o crime após ouvir a Deus em culto

Júlio Cezar cresceu traumatizado pela violência doméstica e buscou alívio nas drogas, porém um encontro com Deus transformou sua vida.

Fonte: GuiameAtualizado: quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020 às 14:40
Júlio Cezar abandonou as drogas após ser levado por uma evangelista a um culto. (Foto: Youtube / Reprodução_
Júlio Cezar abandonou as drogas após ser levado por uma evangelista a um culto. (Foto: Youtube / Reprodução_

A história de Júlio Cezar tem elementos que se assemelham às de dezenas de milhares de outros jovens brasileiros. Criado na periferia de Salvador, o rapaz cresceu marcado pelos traumas causados pela violência doméstica.

O jovem compartilhou seu testemunho em vídeo recentemente divulgado pelo cantor Thalles Roberto em seu canal oificial do Youtube, em razão da gravação do DVD “Saudade”, que reúne histórias de vida impactantes que envolvem seu ministério.

Quando seu pai chegava em casa embriagado, agredia sua mãe e ele, tentando defendê-la, também acabava apanhando.

"Eu me lembro que quando chegava a sexta-feira, quando dava 4 horas da tarde, 5:30, que eu via o sol baixar, já sentia tristeza, porque sabia que o meu pai chegaria embriagado e iria brigar com a minha mãe, bater nela", contou. "Eu acabava entrando na frente, porque os meus irmãos fugiam e eu ficava".

"Aquilo ali foi me fadigando. Eu me tornei uma pessoa calada e às vezes era violento. Mudei muito na escola, as professoras que gostavam muito de mim estranharam", acrescentou.

"Certa vez, ele jogou um objeto para pegar na minha mãe, eu entrei na frente e o objeto pegou em mim, tive que dar pontos. Automaticamente, quando ele via aquilo, me abraçava e chorava. Eu não entendia, parecia que era ele e outra pessoa ao mesmo tempo", relatou.

Abalado emocionalmente pela situação hostil em seu lar, Júlio decidiu levar a mãe e os irmãos para outra casa, mas o pai conseguiu achá-los novamente e a violência se tornou para Júlio uma resposta àquilo que sofria pelas mãos de seu pai.

“Eu me tornei um cara que nunca fui: violento”, contou. “As pessoas me perguntavam: ‘Mas por que? Você não era assim!’ outros diziam: ‘Você vai morrer, rapaz! Não está vendo que você vai matar sua mãe?’. Eles achavam que dizendo aquilo iriam me ajudar, mas automaticamente estavam me empurrando, porque eu simplesmente precisava de alguém que me falasse: ‘Eu acredito em você, eu sei porque você está assim, vou te ajudar’. Mas ninguém me entendia”

A continuidade das agressões o levaram a pensar até em suicídio e buscar "alívio" nas drogas e entrar para o crime.

“[No crime] você tem que bater em quem você não quer bater, você tem que fazer o mal contra você não quer fazer”, destacou. “Quando eu fui ver, já estava lá dentro”.

O confronto

Foi então, que apareceu em sua vida uma mulher, uma evangelista, que hoje é a bispa Cleide. Ela confrontou Júlio em um momento que ele mesmo considerava perigoso: quando estava cheirando cocaína, porque a droga o deixava ainda mais violento.

“Quando ela entrou, veio falando umas línguas que hoje eu entendo o que é. Eu tentava intimidá-la. Mas quando eu percebi, ela já estava com a mão no meu coração, com o dedo na minha cara e contando coisas que só eu e Deus sabíamos”, explicou.

“Naquele momento eu senti algo que nunca havia sentido na vida. Eu achava que a minha alegria estava nas drogas, mas a minha alegria estava em Cristo Jesus e ela morava dentro de mim. Mas quando eu tive um encontro com ela [com essa mulher] e ela me falou algo que só eu e Ele sabíamos, vim perceber quem era esse Deus que existia”, acrescentou.

Esse confronto mexeu com Júlio. Porém a batalha contra os vícios e também no âmbito espiritual pareciam estar apenas começando.

Ele passou a ter visões de alguém que aparecia na porta do seu quarto, anunciando sua morte.

Cerca de uma semana depois, Cleide voltou à casa de Júlio e o convidou para ir a uma igreja, onde haveria um culto.

“Quando eu cheguei naquele lugar, me sentei na última cadeira, porque achava que estava todo mundo olhando para mim. O pastor estava pregando e do nada, ele começa a falar, não diretamente para mim, mas dizia: ‘Olha, teve um jovem que entrou aqui hoje, que foi uma luta, hein jovem… para fumar aquela maconha, dentro daquele banheiro? Foi uma luta, hein jovem… para cheirar aquele pino, dentro daquele banheiro?’ As minhas pernas tremiam e eu dizia: ‘Não é comigo’”, contou.

“Até que ele disse: ‘Olhe, homem… para você saber que eu sou Deus, tu não pediu para eu tirar? Aí a mulher dele veio falando em línguas e quando ela tocou a mão no meu coração, falou: ‘Eis que quando tu saiu de casa, falou para eu tirar, eis que chegou até o trono’. Aí eu desabei e chorei”, acrescentou.

A partir daquele momento, Júlio Cezar se entregou a Jesus e começou uma nova história de vida.

Confira o testemunho completo no vídeo acima.

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