Dentro de dez dias, o mundo está acompanhando três eleições significativas: em 30 de outubro, o Brasil realizou suas eleições presidenciais, em 1º de novembro, Israel realizou sua quinta eleição nacional e em 8 de novembro, os Estados Unidos irão realizar as eleições de meio de mandato.
Em Israel, Benjamin Netanyahu, uma importante figura da direita israelense, ganhou votos suficientes para se tornar primeiro-ministro. Nos EUA, a expectativa é que o Partido Democrata de Joe Biden, que é mais alinhado à esquerda, perca força na Câmara e no Senado.
Já no Brasil, após a vitória de Lula nas urnas, milhares de cidadãos estão nas ruas protestando sobre suspeitas de fraude e manipulação no processo eleitoral.
Para alguns líderes evangélicos americanos, há uma conexão entre as três eleições não apenas no sentido político, mas também espiritual.
“É preciso orar pelo Brasil como oramos por Jerusalém”, disse Albert Veksler, cofundador do Jerusalem Prayer Breakfast (“Café da Manhã de Oração por Jerusalém”), que esteve no Brasil durante as eleições.
Em entrevista à CBN News, Albert Veksler e Bill Koenig, fundador do site de notícias World Watch Daily, falaram sobre a conexão entre Brasil e Jerusalém. Eles contam que essa aproximação começou em 2018, pouco antes de Jair Bolsonaro ser eleito presidente.
“Uma delegação do Brasil foi ao Café da Manhã de Oração em Jerusalém e eles tinham uma carta que foi assinada por 70 parlamentares, reconhecendo Jerusalém como capital de Israel. Desde então começamos a orar pelo Brasil”, contou Veksler.
Veksler foi ao Brasil para se encontrar com Bolsonaro dez dias antes de sua posse, e voltou ao país em setembro deste ano, pouco antes das eleições de 2022.
“A primeira-dama nos convidou ao Palácio do Planalto quando fomos pela primeira vez. Eu estava com minha esposa, Heli, e a congressista Michele Bachmann, co-presidente do Café da Manhã de Oração por Jerusalém. Passamos vários dias com a primeira-dama e ela convidou o Café da Manhã de Oração por Jerusalém para Brasília”, disse Veksler.
Já Koenig, que também esteve no Brasil, observou: “Nunca vi uma figura política ter a fé profunda que a Michelle Bolsonaro tem. Ela é uma mulher com uma incrível fé em Jesus e ama o Estado de Israel. Isso teve um impacto muito grande para mim, por ver isso pessoalmente.”
Michelle Bolsonaro. (Foto: Palácio do Planalto)
Koenig também destacou que as eleições no Brasil foram muito difíceis. “Muitos dos padrões são semelhantes ao que vimos nos EUA, mas o Brasil realmente quer Bolsonaro”, opinou. “Ele foi muito bem nas urnas, na Câmara, no Senado. Então ainda há muito a ser feito.”
Depois da visita ao Brasil em setembro, Veksler e Koenig voltaram ao país em outubro, durante as eleições. Eles estavam perto de Michelle e Jair Bolsonaro enquanto sua equipe acompanhava a derrota nas urnas. “Foi muito decepcionante”, disse Veksler.
“Nós estávamos lá e pudemos encorajar a primeira-dama, pudemos orar com ela e com sua equipe, e acho que foi um momento muito significativo que o Senhor nos permitiu estar lá e fazer parte deste grande momento no destino do Brasil”, Veksler observou.
Veksler revelou ainda que teve um café da manhã privado com Bolsonaro, no dia 4 de setembro, onde falaram sobre Jerusalém. “Ele [Bolsonaro] me disse: ‘Eu fiz a promessa de transferir a embaixada. Eu falei com líderes árabes, MBS (Mohammad bin Salman), e perguntei a eles o que achavam se o Brasil mudasse sua embaixada. A resposta surpreendeu, eles disseram que seria uma questão interna do Brasil. Eles não iriam se opor.’”
Por fim, Veksler conclui: “Eu acho que seria muito importante para o presidente cumprir sua promessa de transferir a embaixada, e eu acredito que ainda não acabou. Acredito que todos devemos orar. Acho que nosso público precisa orar pelo Brasil assim como ora por Jerusalém. Porque apoiar Israel como Bolsonaro e sua equipe tem feito até agora é muito importante para o futuro.”