O Supremo Tribunal de Oklahoma disse na última segunda-feira (27), que o Estado deve remover o monumento de pedra referente aos Dez Mandamentos anteriormente colocado em seu Capitólio (prédio do Governo do Estado) em 2012. A ordem significou a rejeição de uma apelação da governadora Mary Fallin para reconsiderar a ordem de remoção já dada anteriormente por um juiz.
Os juízes da Suprema Corte do Estado negaram um pedido da Comissão de Preservação do Capitólio de Oklahoma, que solicitava que a decisão do tribunal - anunciada em 30 de junho - que ordenava a remoção do monumento fosse repensada. Segundo uma declaração do Tribunal, a colocação da peça no prédio público viola a Constituição Estadual, no que diz respeito à utilização de bens do Estado em benefício da religião.
Recurso
No início de julho, a governadora do Estado, Mary Fallin disse que iria manter o monumento no lugar enquanto os legisladores do Estado procuravam uma maneira de bloquear a decisão do Tribunal.
O monumento de pouco mais de 1,80m de altura foi erguido com financiamento privado e teve apoio dos legisladores do Estado na época.
"Nós consideramos cuidadosamente os argumentos da Comissão e não encontramos nenhum mérito que justifique a concessão de nova audiência", escreveu o juiz do Supremo Tribunal do Estado, John Reif.
Reação
Após o monumento dos Dez Mandamentos ser instalaldo no local, outros grupos - incluindo satanistas e a 'Igreja do Monstro de Espaguete Voador' - pediram para erguer seus próprios monumentos no terreno do Capitólio para marcar o que eles dizem que são eventos históricos.
O Templo satânico apresentou a sua estátua de bronze 'Baphomet', em Detroit no último sábado, depois de não conseguir instalar a escultura perto do monumento aos Dez Mandamentos de Oklahoma.
Jex Blackmore, diretor do Templo Satânico de Detroit, disse que os membros planejam enviar a escultura ao Estado do Arkansas, onde uma lei que autoriza a instalação de um monumento como o dos Dez Mandamentos (de Oklahoma) nas terras do Capitólio do Estado foi aprovada no início de 2015.
Um porta-voz da governadora de Oklahoma disse que o Estado não recebeu uma ordem final para remover o monumento, que viria do tribunal distrital.
"Enquanto isso, o Estado está revendo o que é possível fazer para a preservação do monumento, por opções legais", disse o porta-voz Alex Weintz.