O professor e pregador Christopher Yuan falou sobre como ele superou a raiva que sentia pelos seus pais quando tinha cerca de 20 anos. Ele havia revelado para sua família que era gay e passou a levar uma vida de comportamento sexual arriscado, abuso de substâncias químicas e até tráfico de drogas.
Depois que seus pais se converteram ao cristianismo, eles o aceitaram de volta. Apesar disso, Yuan ainda foi condenado por tráfico de drogas, mas se tornou um seguidor de Cristo. Em entrevista ao The Christian Post, ele explicou que seu novo livro, “Holy Sexuality and the Gospel: Sex, Desire, and Relationships Shaped by God Grand Story (Sexualidade Santa, em tradução livre)”, explica melhor o conceito de que devemos acreditar na conversão dos gays.
Yuan foi quem introduziu a discussão da "sexualidade sagrada". Ele diz: "Eu defino 'sexualidade santa' e não a heterossexualidade ou a homossexualidade, mas a sexualidade santa, como a castidade na solteirice e a fidelidade no casamento", explicou Yuan.
Questionado sobre como os cristãos devem agir para com o homossexual, o pregador responde. “Precisamos entender que essa pessoa não é completamente malvada. Existem algumas pessoas que são assim, mas eu diria que a maioria não é. É essa completa distorção do que é bom e do que é amor que hoje, o mantra da comunidade gay é ‘amor é amor’. Aparentemente parece óbvio que ‘amor é amor’, mas eu argumentaria que nem todo amor é de fato amor”, questionou.
Segundo a explicação de Yuan, um homem que espanca sua de esposa geralmente argumenta que ele amava a ama. “E o que é mais triste é que a mulher que é espancada diz que ainda ama o marido. Até mesmo um pai que abusa sexualmente de sua pequena filha argumentaria que ele a ama”, colocou.
“Eu não acho que podemos dizer que ‘amor é amor’ no sentido de que todo amor é o mesmo. Não devemos ter uma visão distorcida do amor. E as pessoas sabem que há uma compreensão bíblica do amor. Basicamente, só precisamos mostrar a graça, mas isso às custas da verdade”, pontuou.
O pregador ainda foi questionado sobre as suas ideias. “As pessoas que falam de sexualidade bíblica muitas vezes esquecem essa coisa importante. Uma das primeiras coisas é que a imagem de Deus é um conceito tão importante que nem podemos sair do capítulo 1 do primeiro capítulo da Bíblia antes de apresentarmos este conceito tão importante, que todos nós somos criados na imagem de Deus”, colocou.
“E o que isso significa? Simplesmente é que toda pessoa, quer tenha aceitado a Cristo ou não, quer esteja vivendo em pecado ou não, todos são criados à imagem de Deus. O que significa que todos nós temos valor, Deus nos ama. E como crentes, precisamos nos lembrar disso. Quando falamos sobre pessoas na comunidade gay como nossos inimigos, ou nossos opostos, ou com desdém, esquecemos que eles ainda são portadores do fato de serem a imagem de Deus. Eles recebem da mesma graça que recebemos”.
A doutrina do pecado
Yuan comentou ainda que nossa luta contra o pecado tem uma causa disso, o pecado original e o fato de que temos uma natureza pecaminosa. “Muitas vezes cometemos as pessoas tentam encontrar essas causas no passado. Descobrir o que deu errado na infância que os levaram a sentir atrações pelo mesmo sexo é também esquecer da doutrina do pecado. Se vai haver uma causa raiz, esta é a nossa natureza pecaminosa”, explicou.
“Quando as pessoas listam o que dizem ser causas básicas, elas não são exatamente as causas básicas, mas influências. Eu os chamo de catalisadores”, finalizou.