Chamada no UOL: "Duelo de vilãs, beijo gay e cenas de sexo se destacam em "Babilônia". Não quero gastar tempo escrevendo sobre o que tem essa nova novela, já tem muita gente fazendo isso, tanto prós quanto contras. Quero escrever sobre o que não tem.
Dos posts que vi, das notícias que li, só se comenta sobre as óbvias confusões que o nome da mesma remete. Não li uma linha sobre arte, aquela boa arte de outros tempos. Diálogos bem sacados, tramas inovadoras e surpreendentes, respeito a inteligência de quem assiste, a difusão de valores entremeados com cultura e entretenimento. Nada. E, claro, minha observação sobre "o que não tem" não se restringe a novelas apenas, em todos os campos da arte decadência e pobreza é o que se constata, salvo raríssimas exceções aqui e ali.
Músicas, por exemplo, tá cada vez mais difícil ouvir, tanto as "do mundo" quanto as "de igreja", como gostam alguns de classificar. Outro dado, que a matéria do UOL não traz mas vale destacar, é quanto ao ibope. Apesar do enorme alarde que se promoveu em relação a todos os "incêndios" prometidos para o primeiro capítulo, Babilônia teve a pior estréia dos últimos tempos.
E isto não deixa de ser um dado interessante, pois o ibope/novela/globo vem caindo a cada trama e, cá entre nós, não são apenas evangélicos e católicos que vão se cansando, muitos que conheço, que nenhuma fé professam, vem desistindo e abandonando esta imposição cultural orquestrada e sistemática.
Porém insisto, novela é apenas um item no imenso cardápio que este mundo/babilônia tem para cada ser humano, a distribuição de drogas é farta, incansável, inesgotável e eficiente. O apocalíptico alerta "sai dela povo meu" é muito mais abrangente, abrange um gigantesco sistema que a tudo e a todos quer engolir, seduzindo, atraindo e confundindo.
Atingir o céu via babel será sempre instigante e, ao fim, sempre frustrante, risível e, lógico, impossível. O céu pede mais que assistir, exige um "presta atenção" diário, ou seja, exige ouvir. E ouvir o quê? O que o Espírito diz as igrejas. No mais, Babilônia traduz exatamente o que ela é e representa. Nesse aspecto, penso que deveríamos a cada dia fazer o mesmo, expressarmos exatamente o que somos e a quem representamos como vocacionados embaixadores de outra pátria. Paz!
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