Uma pesquisa recente descobriu uma tendência assustadora entre as novas gerações. Está se tornando cada vez mais comum menores de idade compartilharem fotos e vídeos explícitos de si mesmos na internet.
O material, chamado de abuso sexual infantil autogerado, é enviado a colegas ou a adultos.
Segundo estudo da Thorn, uma organização que combate a exploração infantil, o número de crianças, de 9 a 12 anos, que consideram normal compartilhar nudes saltou de 13% para 21%, entre 2019 e 2020.
Os dados por gênero mostraram que 16% das meninas acham a prática normal, enquanto entre os meninos da mesma faixa etária, a porcentagem chega a 26%.
Para Elizabeth Fisher Good, especialista no combate ao tráfico sexual, uma das principais causas desse problema é a crescente difusão da pornografia.
“Nossos filhos estão sendo ensinados pelo mundo, e isso não é bonito”, afirmou Fisher, fundadora da The Foundation United, uma ONG que luta contra a exploração sexual, em entrevista ao Faithwire.
Ela fez um alerta aos pais cristãos e à Igreja: “O inferno está vindo sistematicamente atrás de nossos filhos, desmantelando sistematicamente a capacidade de intimidade, de família. Se não fizermos algo, em uma década tudo será diferente – e nós temos o poder como igreja para falar sobre isso”.
Vídeo de menina em site pornográfico
Um caso, envolvendo abuso sexual infantil autogerado, que ganhou repercursão foi a de Serena Fleites, uma adolescente coagida pelo namorado a enviar vídeos sexualmente explícitos, que foram parar no Pornhub, o maior site pornográfico do mundo.
Na época, Serena tinha apenas 13 anos. Antes de conseguir tirar os vídeos da internet através da Justiça, o material considerado pornografia infantil foi carregado, baixado e reenviado para o site inúmeras vezes.
Segundo Elizabeth Fisher, a conversa transparente é fundamental para proteger as crianças e prevenir o consumo de pornografia, que está acontecendo cada vez mais cedo.
“Agora temos ferramentas para os pais que facilitam muito para a igreja, para as escolas”, observou ela.
“E temos que entrar nessa conversa, conduzi-la, falar com inteligência e não como se fosse um tabu porque, quer saber, seus filhos estão no ônibus escolar todos os dias e quem os está educando não está fingindo que é um tabu”.
Fisher enfatizou que os cristãos “precisam entrar no ringue e assumir isso” para lutar contra o problema.