
Em entrevista exclusiva ao Portal Guiame, a psicóloga cristã Marisa Lobo falou sobre o andamento desta proposta no Brasil, as consequências que a aprovação de tal proposta pode gerar e como a Igreja pode agir para combater este mal.
Portal Guiame: A classificação da pedofilia (por conselhos psiquiátricos de todo o mundo) como uma mera “orientação sexual” tem causado polêmica e divergências. Quais argumentos no campo da psicologia podem rebater esta “teoria”?
Marisa Lobo: Na verdade a associação psiquiátrica américa bem como a OMS voltou atrás na decisão de mudar a classificação da pedofilia como orientação sexual por a pressão dos grupos pró famílias de igreja católica , principalmente do ativismo pró família existente na Europa,. Mas, a discussão social da possível aceitação da pedofilia já acontece em 12 países.
“Os pedófilos tentam relacionar o desejo por crianças com a homossexualidade. A visão desses militantes internacionais pedófilos é a seguinte. Se, os homossexuais, não tem responsabilidade por amar pessoas do mesmo sexo, pois é segundo a psicologia, é uma expressão, manifestação normal de amor, da sexualidade do indivíduo, então os pedófilos também não tem culpa de gostarem de crianças".
Esse é o mote da campanha mundial dos pedófilos para transformar em nível acadêmico, a pedofilia como orientação sexual ou expressão natural da sexualidade (portanto um direito). E que a aberração está nos olhos apenas dos religiosos, ou seja, nós.
Com este discurso eles estão conseguindo apoio de psicólogos no mundo a exemplo do CANADÁ, que já trata a alguns anos a pedofilia como ORIENTAÇÃO SEXUAL. E o congresso canadense já tem projetos de lei para defender esse tipo de abuso, violência contra criança, vitimizando o pedófilo. A Alemanha já legalizou a associação. Na Tailândia, homens casam com crianças e outras aberrações deste tipo acontecem pelo mundo.
Há Vários tipos de pedófilo: entre eles, o praticante e o não praticante.
Há aquele que sente atração por crianças, mas sabe que esse sentimento é doentio, que não pode e nem deve abusar, fazer de uma criança (um ser indefeso), seu objeto de prazer. Reconhece seu sentimento como algo doentio que deve ser mudado e controlado.
Nas minhas experiências como psicóloga, vejo que o que pode trazer esta consciência é justamente o controle ético, moral, social e religioso. Sendo assim este tipo luta contra o sentimento.
Há outros que têm medo de abusar de crianças presencialmente, pois temem a cadeia / prisão, então cometem o crime do consumo de pedofilia online, que é não é menos grave, pois se tem alguém exibindo fotos, vídeos, é porque essa criança foi abusada e explorada de alguma forma.
Existem ainda os doente mentais, e os psicopatas sexuais , estes abusam da criança , sabendo que é um ser indefeso que sofre, mas isso lhes dá mais prazer ainda, e não teme lei, sociedade, muito menos religião. Pelo contrário, até as usa para mascarar seus crimes e ou fazer de sua religião um celeiro. Mas temos que ressaltar que apesar dos escândalos que envolvem um religioso nos casos de pedofilia, estes representam a minoria dos casos.
De qualquer forma é inaceitável que a pedofilia seja vista como algo normal ou como um direito do adulto pela sociedade ou psicologia, pois antes está o direito da criança, que não está preparada para relações sexuais. Embora hoje, no Brasil, haja alguns desses doentes travestidos de políticos e profissionais militantes ideológicos e direitos humanos, que estão tentando baixar a maioridade sexual para 12 anos. Há quem pense em 10 anos de idade. O alerta fica para a a sexualização precoce das crianças nas escolas, que só tende a favorecer a pedofilia, pois está apenas preparando a criança, não para uma sexualidade saudável (quando adulta) e sim para ser tocada e achar normal ou até bom. Agora, quem tocará essa criança é que é a grande questão. Essa educação sexual de hoje, apenas pula fases e adianta a vida sexual da criança, transformando-a em presa fácil para um adulto com distúrbios sexuais. Temos que lutar contra isso.
Guiame: Como a igreja brasileira pode se posicionar de forma constitucional contra estas manobras da agenda internacional?
Marisa Lobo: Se abrindo para a discussão, participando de fóruns sobre ao assunto, de conselhos tutelares por exemplo. Pode também eleger agora em 2014 pessoas que não têm medo de lutar contra este crime, que tenham entendimento e inteligência para saber que isso tudo acontece e é real. A Igreja precisa sair das 4 paredes e buscar conhecer os problemas sociais. Entender que ela mesma pode ser vitima de pedófilos, que queiram se esconder dentro dela , para abusar de crianças. Mas o principal: A Igreja não pode ser omissa. Precisa denunciar qualquer caso de pedofilia, seja qual for o adulto que estiver envolvido. Quem abusa da criança - em grande parte dos casos - é um adulto próximo e de confiança. A omissão faz de você um cúmplice.
Por João Neto - www.guiame.com.br