Recentemente a a psicóloga cristã Marisa Lobo foi intimida pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná para que retirasse qualquer conteúdo que expressasse suas convicções religiosas em seu site pessoal (marisalobo.blogspot.com) e em seu perfil no Twitter.
O CRP acusa Marisa de misturar procedimentos científicos com crenças religiosas, fatos com valores. Não acatando a ordem do CRP, Marisa Lobo redigiu um documento de 3 páginas contendo sua defesa contra a determinação.
No documento, publicado também em seu blog, ela reafirma sua fé e lembra seu direito constitucional de professar publicamente sua convicção religiosa. Marisa citou em sua defesa o inciso VI do artigo 5º da Constituição Federal, que garante ser “inviolável a liberdade de consciência e de crença”, ela citou ainda a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário, que também garante o direito à liberdade religiosa.
No último dia 20 de março, a Comissão de ética do Conselho voltou a notificar Lobo sobre a instauração do procedimento preliminar que visa cassar o registro profissional da psicóloga. O GUIAME teve acesso ao documento que lista as denúncias feitas por diversos ativistas do movimento gay e também ateus que se sentiram incomodados com as declarações da psicóloga na internet.
Entre as denúncias citadas está uma entrevista concedida ao GUIAME em Agosto de 2011, onde a profissional alerta sobre os malefícios do fanatismo religioso (leia a matéria aqui).
Marisa, que sempre se preocupou com saúde mental dos líderes evangélicos brasileiros, se defende das acusações afirmando que assim como outros psicológos são profissionais e defendem suas correntes filósoficas e religiosas, sejam elas quais forem, ela defende sua crença e sua profissão."Sou psicóloga e também sou cristã. Sirvo a Deus e não me envergonho do seu nome, essa é minha identidade, minha orientação de fé de vida" afirma.
Apesar do muitos e-mails e mensagens que chegaram ao CRP criticando a atuação de Marisa Lobo, a psicóloga também recebeu apoios de peso em sua luta contra a resolução imposta pelo Conselho. Pastores, líderes e parlamentares cristãos de grande influência no Brasil saíram em apoio a Marisa.
Nomes como do deputado Marco Feliciano, pastor conceituado em todo Brasil; o senador Magno Malta; delegado e deputado estadual Francischini; presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos; e o Deputado e pastor Roberto de Lucena foram alguns dos políticos que abraçaram a causa e defenderam Marisa em seus pronunciamentos e ações na Câmara dos Deputados e no Senado.