O pastor canadense Artur Pawlowski, que foi preso na pista do aeroporto, na segunda-feira (27), enquanto voltava para casa de uma viagem aos Estados Unidos, emitiu um alerta aos americanos: “Vocês são os próximos”.
A Agência de Serviços de Fronteiras do Canadá prendeu o pastor por dois mandados pendentes — um por não usar máscara e outro por realizar um culto em junho, na ocasião da Páscoa.
Pawlowski tem uma audiência no tribunal em 13 de outubro, onde um juiz decidirá se ele será sentenciado a 21 dias de prisão por “desacato ao tribunal” por realizar cultos de adoração, violando as restrições por Covid-19.
“Se eles vieram atrás de mim, tenham certeza, eles estão indo atrás de vocês também”, disse o pastor em entrevista à Fox News. “Fui algemado como um criminoso comum, como um terrorista”, disse ao se referir à prisão anterior, em maio.
Momento em que o pastor Artur Pawlowski foi preso, em maio de 2021. (Foto: Captura de tela/YouTube Artur Pawlowski)
Tirania dos governantes
Na opinião de Pawlowski, os governantes estão querendo mostrar ao mundo todo, o que “eles fazem com aqueles que se atrevem a falar contra a tirania”. E alertou que aqueles que não seguirem essa tirania serão os próximos.
A advogada de Pawlowski, Sarah Miller, considerou sua prisão “ilógica”, já que seus supostos crimes teriam acontecido antes de sua viagem aos EUA. O pastor foi liberado 7 horas depois da prisão, através da atuação de sua advogada.
Pawlowski comparou o ocorrido com as antigas ações do regime comunista polonês. Em junho, ele compartilhou ao Christian Post que sua igreja vem sendo monitorada por policiais.
O pastor é acusado de não obedecer às regras durante a pandemia — de seguir as diretrizes e manter o distanciamento social. Para ele, as intrusões não eram necessárias porque ele transmitiu os cultos da igreja online.
Tratamento diferenciado a cristãos e muçulmanos
Além disso, apontou que enquanto sua igreja está sendo perseguida, “as mesquitas estão operando normalmente” e que os muçulmanos não são interrompidos. “Nenhum imã [líder espiritual muçulmano] foi assediado ou intimidado”, protestou e disse que os muçulmanos se reuniram aos milhares durante todo o Ramadã”.
Em seu canal no YouTube, Pawlowski postou um vídeo mostrando a reunião do último dia do Ramadã — mês mais sagrado do calendário muçulmano — que a polícia permitiu sem interrupção. Ele estimou que “cerca de 2 mil pessoas, talvez mais, estavam lá”.
Em março de 2020, o pastor foi informado que sua igreja, que ministra aos sem-teto, em Calgary, deveria “fechar e parar de cuidar dos pobres”. Ele se recusou a obedecer a ordem, justificando que sem ajuda eles poderiam morrer de fome. “E alguns morreram”, ele compartilhou.
Na época, Pawlowski enviou um apelo aos ministros em Alberta pedindo-lhes uma isenção das restrições por Covid-19, mas o pedido foi recusado e a ordem continuou sendo a mesma: fechar as portas.