O pastor Jonas Madureira, conhecido por obras como “Inteligência Humilhada”, esclareceu em uma pregação o que talvez ainda seja uma grande dúvida para muitos cristãos. O que de fato é a blasfêmia contra o Espírito Santo? O tal pecado sem perdão é temido, mas será que ele é interpretado da forma correta? Para o autor, há equívocos, mas com uma boa exegese é possível compreender.
“Vocês lembram daquela passagem que diz, que qualquer pecado que for cometido contra Cristo será perdoado, mas aquele pecado que for cometido contra o Espírito Santo será imperdoável? Eu me lembro que quando eu era criança, na igreja, ouvi uma mensagem exatamente nesse tom, dizendo: ‘Se você pensar uma besteira do Espírito Santo’, e eu já havia pensado. Aí ele disse assim: ‘Já era, você vai para o inferno e não tem escala, É direto’”, lembrou.
“Então, eu caí em desespero e falei: ‘Meu Deus, eu já pensei e agora estou condenado, vou para o inferno. Eu fiquei desesperado, porque se você falar alguma coisa do pai ou do filho você é perdoado. Mas, se você falar contra o Espírito Santo já era. E eu disse, meu Deus, eu já estou condenado ao inferno. Agora preciso viver de um jeito que ninguém perceba isso”, contou.
“Ninguém pode saber disso. Eu lembro de madrugadas que eu acordava transpirando e a imagem que eu tinha era a seguinte. Eu via a igreja diante de mim e eu via meu pai com a mão na cabeça e eu chorando, dizendo: ‘Agora estou aqui no inferno’. Eu acordava desesperado, meu Deus eu estou condenado. Lembro que eu orava. ‘Mas porque eu estou orando, eu já estou condenado’. Aí eu tocava bateria na igreja. ‘Meu Deus porque eu estou tocando bateria, eu sou uma farsa’”, comentou.
Condenado
“Dizia: ‘Todo mundo acha que eu sou crente, mas eu já estou no inferno. Eu pensei contra o Espírito Santo’. Aí com 16 anos eu entrei para o seminário e no terceiro ano tinha uma matéria chamada exegese bíblica e você tinha que escolher uma passagem para fazer um estudo bíblico. E quando eu estudei essa passagem, aquilo foi tão libertador. Por isso que eu me dedico tanto a teologia, porque o ensino correto pode libertar o coração de alguém”, ressaltou o pastor.
“O ensino baseado na palavra de Deus e que expressa a verdade da Palavra de Deus. Isso só pode ser obra do Espírito Santo e se é obra do Espírito Santo é obra de libertação. Por isso que a teologia precisa ter esse poder, ela tem que ter essa função de libertar o povo para conhecer a verdade. Se a teologia não for para isso, ela vai servir apenas para a gente achar tudo bonito”, disse.
Exegese
“Eu me lembro que fiz a exegese desse texto e que na verdade ele diz assim. Jesus estava expulsando os demônios e aí qual foi a acusação dos fariseus? De que ele expulsava esses demônios em nome de belzebu, ou seja, eles estavam dizendo que a obra de Jesus era uma obra de demônios e isso é a blasfêmia contra o Espírito Santo, porque a obra de Jesus é a obra do Espírito Santo. Por isso quando você afirma ou nega a obra de Cristo Jesus é explicitamente em relação a Jesus. É você dizer que a obra que Cristo realizou na cruz é obra de demônios e não obra de Deus. É você acreditar nisso. Que a obra que Cristo realizou é a obra de demônios, é blasfemar contra a obra de Cristo. Esse é o problema”, explicou.
“Por isso que Jesus estava dizendo que eles não teriam perdão se eles pecassem contra o Espírito Santo, porque era fazer aquilo que eles estavam fazendo. Dizer que a obra que Jesus estava realizando era obra de demônios. Isso mostra uma coisa importantíssima, de que o Espírito Santo, a obra que Jesus está fazendo na vida da igreja, a obra que Jesus realizou e que está sendo realizada na igreja, só pode ser feita sobre a ordem e sobre a ação do Espírito Santo”, pontuou.
Confira a explicação na íntegra: