Pastor fala sobre o perigo do sucesso: “não sacrifique sua alma em um altar sedutor”

Michael Brown, um pregador conhecido nos Estados Unidos, fala sobre a diferença do sucesso do evangelho com o sucesso terreno.

Fonte: Guiame, com informações de Charisma NewsAtualizado: quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015 às 21:04

 

Recentemente, um jovem pastor me escreveu com o coração angustiado. Ele foi convidado para uma reunião fechada de lideranças, com muitos pastores conhecidos. Ele me explicou que eles falaram abertamente sobre não usar trechos inteiros da Bíblia em suas pregações, e que era bom construir mensagens com versículos isolados, como se muito da Palavra fosse afastar as pessoas.

Os líderes foram instruídos a não falar sobre pecado, julgamento, condenação, obediência, e moralidade, afirmando que não é o nosso trabalho convencer as pessoas do pecado, é trabalho do Espírito Santo, como se as centenas de versículos na Bíblia não desse importância para essas questões.

Os líderes também foram instruídos para evitar falar de questões políticas, o que é semelhante à mentalidade dos que escolheram não se opor aos nazistas no último século.

Esse, segundo eles, era o caminho a seguir, se você quisesse ser "bem-sucedido".

Eu rejeito essa tal definição de "sucesso". Não tem nada a ver com o verdadeiro sucesso do evangelho, que eu adoro e me deleito diante de Deus.

Para ser claro, eu não estou falando de nenhum ministério em particular e eu não tenho ideia de quem são os pastores e líderes que estavam nesta reunião.

Pela graça de Deus, eu tive o privilégio de pregar em algumas das maiores e mais influentes igrejas do mundo, e seu crescimento foi resultado do trabalho do Espírito Santo em seu meio, e não o resultado de técnicas carnais.

Quando Deus abre novas portas para o ministério no rádio, na TV, nos meios impressos e online, ou quando Ele abençoa o nosso material com maior circulação e impacto, eu me alegro e tomo isso como uma resposta de oração, como o fornecimento de um outro meio para promover a obra do Reino. 

Então, eu apoio o crescimento e os números prósperos quando se trata do céu como um dom de Deus, embora eu saiba que, muitas vezes, o trabalho mais importante do evangelho é totalmente escondido, acontece em portas fechadas, e Deus usa filhos desconhecidos para viver em meio à perseguição e pobreza. Essa é a razão de Jesus dizer que muitos que são primeiros serão últimos, e muitos que são últimos serão primeiros.

Sem dúvida, temos diferentes chamados e ênfases. Algumas igrejas se destacam na administração e gestão, enquanto outras se destacam na construção da comunidade, e ainda outras se destacam no envio de missionários. Isso é o que faz com que o corpo de Cristo seja um corpo funcional.

Devemos aprender uns com os outros, complementando e honrando uns aos outros, em vez de criticar uns aos outros como concorrentes. Não vamos nos desviar da soberana vocação de Deus, não vamos formar uma teologia que ignora a cruz. É preciso não confundir o crescimento terreno com a bênção de Deus.

Não sacrifique sua alma naquele altar sedutor.

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