O presidente do Quênia, William Ruto, se reuniu com o povo para o “primeiro dia nacional de oração”, na terça-feira (14), para pedir a Deus o fim da seca, de acordo com o AP News.
Os quenianos se encontraram no Estádio Nyayo, que fica na capital Nairóbi, onde pastores e outros líderes cristãos clamaram a Deus durante o dia inteiro, pedindo por chuva.
As estratégias de um renascimento econômico por parte do presidente dependem de uma estação chuvosa bem-sucedida.
“Como governo, estabelecemos planos elaborados para a segurança alimentar, temos sementes, fertilizantes em abundância e estratégias de coleta de água, incluindo barragens. Agora precisamos que Deus nos envie a chuva”, disse Ruto.
Primeiro “Dia Nacional de Oração”, no Quênia. (Foto: Reprodução/Facebook William Samoei Ruto)
‘Orem por nosso país’
“Peço a todas as pessoas de todas as fés que orem por nosso país”, pediu o primeiro presidente cristão do Quênia, que foi empossado em 13 de setembro de 2022.
Na ocasião em que tomou posse, Ruto segurou a Bíblia para discursar, sinalizando sua dependência da palavra de Deus.
O Quênia e outras nações do leste africano têm experimentado algumas das piores condições de seca em décadas, causando quebra de safra, perda de gado, vida selvagem e biodiversidade, além da desnutrição.
A agricultura doméstica é uma grande parte da economia do Quênia. Segundo a agência humanitária da ONU, a seca em curso na região foi classificada como uma “catástrofe humanitária que se desenvolve rapidamente”.
Primeiro “Dia Nacional de Oração”, no Quênia. (Foto: Reprodução/Facebook William Samoei Ruto)
Previsões meteorológicas
De acordo com os meteorologistas, a mudança climática causada pelo homem tem exacerbado as condições extremas.
“É hora de começarmos a incluir a mudança climática como um fator em nossos planos de desenvolvimento”, disse Evans Mukolwe, ex-diretor das agências meteorológicas do Quênia e da ONU.
“A atual seca sobre a qual alertamos há alguns anos tem ramificações mais amplas nas condições socioeconômicas da região, incluindo paz, segurança e estabilidade política”, ele disse.
Mukolwe acrescentou que a mudança climática contribuiu para estações chuvosas abaixo da média na região por cerca de três décadas.
O centro climático da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento disse que, desde 2020, cinco estações chuvosas falharam, afetando mais de 50 milhões de pessoas.
O centro divulgará suas projeções para a longa temporada de chuvas. As primeiras projeções de outros grupos meteorológicos, no entanto, não são otimistas.