Representantes da maioria dos principais grupos religiosos do mundo estiveram reunidos durante o mês passado no Vaticano, para uma conferência sobre o casamento. O evento deixou alguns destes líderes otimistas com relação ao fato de que eles podem vencer a luta contra as forças da revolução sexual que emana do Ocidente.
Exemplo deste fato é o Pr. Russell Moore, presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul (EUA).
"Uma das coisas mais importantes que saíram do colóquio é um sentimento de otimismo das pessoas lá", explicou Moore em uma entrevista dada por ele na última segunda-feira em seu escritório, localizado em Washington, DC.
"Estar em diálogo com pessoas de todo o mundo, de quase todas as tradições [religiosas]... pessoas que não têm quase nada em comum, eu acho que nos possibilitou que caminhássemos com uma sensação de que a preocupação com o casamento é muito maior e mais ampla do que o que teríamos assumido anteriormente".
O objetivo da conferência "Humanum", também abordou a complementaridade entre homem e mulher: a intenção era trazer representantes dos principais grupos religiosos de todo o mundo para discutir a compreensão desta complementaridade e como relacionamento masculino / feminino, como o casamento pode revigorar os esforços para promover os bens sociais.
Além dos vários grupos cristãos, estiveram também nesta conferência, representantes judeus, mórmons, muçulmanos, hindus, sikhs e tradições religiosas budistas.
Russell Moore e Rick Warren (da Igreja Saddleback, na Califórnia) representaram os evangélicos norte-americanos nesta conferência.
Em seu discurso na conferência, Moore falou sobre a verdade universalmente reconhecida que todos os seres humanos têm um pai e uma mãe, e que "a unidade conjugal é tão poderosa que pode ser sentida tão selvagem como o fogo".
A Revolução Sexual, Moore acrescentou, não é simplesmente a antítese do ensino cristão, mas da ecologia humana. E, tem sido particularmente prejudicial para as mulheres.
"A Revolução Sexual não é a libertação por completo, mas simplesmente a imposição de um tipo diferente do patriarcado. A Revolução Sexual capacita os homens a perseguirem uma fantasia darwiniana e predatória do macho-alfa, enraizado nos valores de poder, prestígio e prazer pessoal", disse ele.
Moore disse que ele apreciou a oportunidade de ser "explicitamente evangélico" em seu discurso. Não houve esforço para suprimir a expressão religiosa no evento. No discurso, Moore pregou o evangelho de Jesus Cristo.
A "união de uma só carne" entre marido e mulher são, segundo Moore: "vai para além desta relação por si só e se compara à de Cristo e Sua Igreja".
E, mais tarde ele acrescentou, "o evangelho nos diz que, nós mesmos, todos nós estamos afastados da vida com Deus, que todos nós estamos destituídos da glória de Deus. O evangelho nos diz que nossa única esperança é ser unido a outro, para ser escondida na justiça de Jesus Cristo, crucificado pelos pecadores e elevado à potência de Deus, recebida pela fé"
O impacto duradouro da conferência se mostrará nas relações que foram construídas durante o evento, segundo o pastor norte-americano.
"Muitas das coisas mais importantes da conferência aconteceram nas salas e não nas sessões públicas", disse ele. "Pessoas puderam se conhecer falar sobre os obstáculos que enfrentam".
Os líderes religiosos das nações não ocidentais acreditam que os problemas que seus países estão enfrentando estão vindo junto com Revolução Sexual do Ocidente, especialmente dos Estados Unidos, Moore descobriu.
Ele também disse que queria ir ao Vaticano para ter uma noção melhor de todas as alterações que podem estar ocorrendo dentro da Igreja Católica Romana depois de alguns sinais sobre as visões sobre o casamento, em um Sínodo realizado em outubro. Ele descobriu, porém, que "o Papa foi claro sobre o casamento ser a união entre um homem e uma mulher", e que "a complementaridade é essencial para o casamento".
Com informações do Christian Post
Tradução por João Neto - www.guiame.com.br