O terremoto de magnitude 6,8 que atingiu o sudoeste da China, na última segunda-feira (5), deixou dezenas de mortos, milhares de vítimas e muitas pessoas desaparecidas.
Conforme notícias do G1, o tremor foi sentido em várias cidades. O epicentro do terremoto foi localizado na cidade de Luding, na região montanhosa de Sichuan. “Casas foram gravemente afetadas e as linhas de telefonia foram interrompidas em alguns locais”, de acordo com a CCTV.
Diante desse cenário, o socorro às vítimas se tornou ainda mais difícil para os bombeiros. Conforme a Portas Abertas, as igrejas domésticas estão dispostas a ajudar nos resgates, porém as autoridades chinesas dificultam essa ajuda.
Governo chinês limita cristãos
De acordo com a organização, os cristãos não estão conseguindo socorrer as vítimas por não ter suas igrejas devidamente registradas oficialmente pelo governo.
“Os cristãos de igrejas domésticas não têm direito legal para participar das missões de socorro. Dado o controle severo no país por causa da pandemia, eles ficam em risco quando se voluntariam”, explicou Xiu [pseudônimo], um parceiro local da Portas Abertas.
“Por outro lado, o departamento de serviço social do Conselho de Cristãos na China (CCC) e o Movimento Patriótico das Três Autonomias (TSPM) conseguiram o registro como igrejas e enviaram uma carta pedindo orações pelas vítimas e pelo incidente”, ele explicou.
“Igrejas estão intercedendo pelas equipes de resgate, pelas pessoas afetadas na região e pelo progresso na busca de vítimas”, continuou Xiu.
Situação após o terremoto
Ainda conforme notícias do G1, o Estado relatou que 50 mil pessoas foram evacuadas da região e que mobilizou 6.500 pessoas para as equipes de resgate.
Autoridades identificaram cerca de 500 riscos geológicos potenciais, de acordo com os relatos, referindo-se a deslizamentos de terra e estradas de montanha desmoronadas.
A província de Sichuan estava em lockdown por causa da Covid 19 quando o terremoto aconteceu. A região afetada também enfrentava a seca e uma forte onda de calor.