“Todos nós precisamos desesperadamente do Espírito Santo para nos guiar”, diz John Piper

O pastor explica a um ouvinte como um cristão deve proceder sobre o julgamento de um criminoso diante de um júri.

Fonte: Guiame, com informações de Christian PostAtualizado: quinta-feira, 10 de junho de 2021 às 12:17
John Piper em discurso na Conferência da Cruz para as Nações, em dezembro de 2020. (Foto: Cruz para as Nações 2020)
John Piper em discurso na Conferência da Cruz para as Nações, em dezembro de 2020. (Foto: Cruz para as Nações 2020)

Durante um episódio do podcast “Pergunte ao pastor John”, do Desiring God Friday, de John Piper, um ouvinte fez uma pergunta inusitada. “Um jurado cristão deve julgar como inocente um réu que é culpado de um crime?”

Sua pergunta foi baseada num comentário que ouviu de um professor, que usou um texto bíblico para fundamentar sua opinião [João 8.1-11]. Jesus salvou uma mulher considerada culpada por adultério e que seria apedrejada. Deveríamos então livrar as pessoas que podem ser condenadas?

“Visto que Jesus não condenou a mulher culpada, também não devemos condenar criminosos culpados hoje. Esse é só um resumo básico do argumento do professor”, disse o ouvinte. “Gostaria muito de ouvir a sua opinião”, lançou a vez para Piper.

Resposta

Piper respondeu acreditar que o evento era a maneira pela qual Jesus estava mostrando como a Igreja seria "distinta do Israel étnico, político e geográfico" e que não seria "governada como um corpo político nacional”, com leis civis regulando, por exemplo, a pena de morte, como Israel fazia. 

“Em vez disso, a igreja, o novo povo de Deus, não será uma realidade política ou étnica, mas será governada pela lei de Cristo, que introduz mudanças significativas na lei de Moisés”, explicou.

Piper observou que o Novo Testamento está cheio de ordens para que os governantes fizessem justiça aos malfeitores e que a Igreja fosse ordenada a disciplinar sobre os membros que pecam.

“Todos nós precisamos desesperadamente do Espírito Santo para nos guiar. Quando devemos ‘dar a outra face’ conforme a palavra de Cristo? Quando devemos corrigir uma criança ou despedir um funcionário? Quando devemos dar a um aluno a nota 7 em vez de 10? Devemos excomungar um cristão adúltero ou buscar uma forma para que ele seja redimido? Devemos julgar um assassino culpado se estivermos na posição de jurados?”, lançou as questões.

Inspiração divina

Segundo Piper, no mês passado, o Tribunal de Apelações dos Estados Unidos decidiu que foi um erro demitir um jurado só porque ele disse que o Espírito Santo o levou a concluir que o réu não era culpado. 

O juiz-chefe, William Pryor, publicou a opinião da maioria sobre a decisão do circuito, escrevendo que o juiz distrital abusou de sua autoridade ao demitir o jurado. 

“Os jurados podem orar e acreditar que receberam orientação divina ao determinar a inocência ou a culpa de outra pessoa. O que fazem é um profundo dever cívico, mas uma tarefa difícil para dizer o mínimo”, escreveu Pryor.

“A linguagem religiosa vívida e direta do jurado nº 13, lida à luz de suas outras declarações, sugere que ele não estava fazendo nada mais do que orar e receber orientação divina enquanto avaliava as evidências ou, em termos seculares, fornecia uma explicação pessoal vinda de seus processos mentais, tudo de acordo com o serviço adequado do júri”, concluiu o juiz.

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