Foi confirmada a morte de pelo menos três líderes evangélicos no México somente no mês de abril. As informações são do site de notícias Regeneración. Um foi sequestrado em Cuernavaca (município e a capital do estado mexicano de Morelos) e morreu durante o processo de resgate.
Já outro líder foi morto a tiros em seu escritório na igreja em Jalisco (antigamente chamado de Xalisco). O terceiro foi esfaqueado dentro de uma igreja na Cidade do México. Em nenhum dos casos o autor dos assassinatos foi identificado.
O número de líderes cristãos mortos sob o regime do presidente Enrique Peña Nieto é de 24, segundo uma analista de perseguição da Portas Abertas. O diretor de um centro de multimídia cristão afirma que 80% dos casos ficaram impunes.
Onda de violência
Esses são casos conhecidos, que tiveram certa visibilidade. No entanto, a analista acredita que a onda de violência pode estar afetando outros grupos cristãos, que não são reportados publicamente.
“As medidas adotadas pelas autoridades para combater a violência são inadequadas, principalmente porque os incidentes não são reconhecidos como perseguição contra cristãos. Os ataques são geralmente considerados como consequências da violência do tráfico de drogas ou questões pessoais, mas não como crimes por motivos religiosos. Com uma perspectiva tão limitada, os cristãos e igrejas não podem esperar nenhuma proteção do estado”, afirma a analista.