A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou no sábado (4) que o aborto é considerado um serviço essencial durante a pandemia do novo coronavírus.
Em declaração enviada à Fundação Daily Caller News, a OMS disse que “os serviços relacionados à saúde reprodutiva são considerados parte dos serviços essenciais durante o surto de Covid-19”.
Tanto no comunicado quanto em um documento publicado em seu site, a OMS defende que “as escolhas e os direitos das mulheres aos cuidados de saúde sexual e reprodutiva devem ser respeitados, independentemente da suspeita ou confirmação de infecção por Covid-19”.
A declaração também diz que os serviços de saúde sexual e reprodutiva incluem “métodos contraceptivos, cuidados de saúde de qualidade durante e após a gravidez e parto, e aborto seguro em toda a extensão da lei”.
Governadores e departamentos de saúde dos Estados Unidos divulgaram sua posição sobre o aborto ser ou não uma atividade essencial.
Texas, Ohio, Oklahoma, Indiana, Iowa e Mississippi declararam o aborto como não essencial e proibiram esses procedimentos para preservar os EPIs no combate ao coronavírus.
Enquanto isso, Massachusetts, Michigan, Minnesota, Indiana, Nova Jersey, Illinois, Oregon, Havaí e Virgínia consideraram o aborto essencial durante o surto.
Críticas pró-vida
Uma série de líderes pró-vida questionaram se os EUA deveriam continuar financiando a OMS por seu apoio ao aborto durante a pandemia.
“A crise do Covid-19 foi uma experiência reveladora, que fará com que os americanos repensem seu apoio a práticas e instituições específicas, incluindo a OMS”, disse à Fox News a presidente da organização Concerned Women for America, Penny Young Nance.
A organização SBA List, que busca reduzir o aborto nos EUA, também criticou a posição da OMS. “Tirar uma vida inocente e ferir as mulheres através do aborto nunca é essencial”, disse a vice-presidente de comunicações da SBA List, Mallory Quigley, à Fox News.
O mesmo foi reforçado pela presidente da Students for Life of America, Kristan Hawkins. “As mulheres precisam de muitas coisas para prosperar — educação, tratamento igual nos termos da lei, igualdade econômica — mas o aborto não é o que fortalece as mulheres”, disse à Fox News.
“A gravidez não é uma doença curada pelo aborto, e usar o dinheiro dos impostos dos americanos para sustentar uma organização comprometida com o aborto é um uso indevido de recursos escassos. O governo Trump deve restringir fundos às organizações que financiam e apoiam o aborto para investir melhor em soluções reais para os problemas do mundo”, acrescentou.