Um adolescente cristão foi "crucificado" em um bullying provocado por quatro colegas de trabalho no Reino Unido, por causa de suas crenças religiosas.
Andrew Addison, 30, Joseph Rose, 21, Christopher Jackson, 22, e Alex Puchir, 37, estão sob julgamento por terem reprimido seu colega de trabalho em supostas “brincadeiras”, cometidas entre julho de 2014 e abril de 2015.
A vítima, que agora tem 18 anos, teria sido amarrada a um crucifixo e teve cruzes pintadas sobre seu rosto e corpo. Em outras situações, ele foi amarrado a uma cadeira com fitas silver tape e teve uma chupeta colocada forçadamente em sua boca, antes de sair para a rua. Ele também sofreu um “cuecão”, que provocou cortes e contusões na região posterior, e foi atingido com veneno aerosol para insetos.
O adolescente, que não pode ser identificado por razões legais, havia iniciado seu trabalho como aprendiz em julho de 2014 na Directos Interior Solutions, uma empresa de móveis gerida por Andrew Addison.
Como parte do trabalho, o jovem passou a viajar pelo condado de Yorkshire e Londres, na Inglaterra, para trabalhar com uma equipe que incluía Andrew, Joseph, Christopher e Alex. Eram nessas viagens que o adolescente costumava sofrer ataques de bullying.
"O que a promotoria alega foi sustentado pelo bullying, praticado contra o jovem no local de trabalho. Desde que iniciou o trabalho com esta equipe, ele foi submetido a atos de intimidação que iam além do que poderia ser descrito como ‘brincadeira’”, disse o promotor Austin Newman ao tribunal York Crown Court.
Em janeiro de 2015, enquanto a equipe realizava um de seus trabalhos, Andrew, Christopher e Alex colocaram o adolescente forçadamente sobre uma cruz, formada por dois pedaços de madeira e colocadas em um pedaço de gesso.
"O jovem foi amarrado a uma placa de gesso por fitas silver tape. Ele ficou suspenso a um metro de altura, de forma que se assemelhou a uma crucificação”, disse o promotor. "A coroa diz que as cruzes foram colocadas lá como uma referência à sua prática religiosa."
De acordo com Newman, a vítima apresentou a primeira queixa à polícia maio de 2015. Ao serem questionados pela polícia, Andrew não fez nenhum comentário, enquanto Christopher, Joseph e Alex admitiram envolvimento nos incidentes, alegando que não passaram de brincadeiras.