A aposentada Amara Claudina Menezes, de 88 anos, está celebrando a vida após receber alta hospitalar, na terça-feira (2), por estar curada da Covid-19.
Mãe de sete filhos, quatro bisnetos, três tataranetos e um dezenas de netos, dona Amara está feliz por fazer parte do grupo dos recuperados do coronavírus. Ela passou as últimas duas semanas internada em um hospital, cansada, com gripe e tossindo muito.
“Foi Deus quem me botou de volta na minha casa. Essa doença aí não é fácil. Eu nem sabia que tinha pegado isso. Então é um alívio ainda maior”, conta dona Amara, que reside em Afogados, Zona Oeste do Recife.
Junto com ela moram a filha, Janair Gomes da Silva, 53, a neta, Joselaine Gomes, 31, e quatro bisnetos.
Amara começou a sentir os primeiros sintomas no domingo 9 de maio, Dia das Mães. Uma semana depois, em 17 de maio, precisou de atendimento médico. “Ela estava muito gripada. A gente dava suco, chá e nada de melhorar. E aí ela foi ficando fraca e chamamos o Samu”, relembra a filha, Janair ao Diário de Pernambuco.
Primeiro, a idosa foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alto Ibura. No dia seguinte, 18 de maio, foi transferida para o Hospital Provisório 2, uma das unidades da Prefeitura do Recife dedicadas a cuidar de casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus.
Ela precisou ficar na UTI do hospital. “Os médicos e os enfermeiros me tratavam bem. Mas é aquilo, quando a gente está internado, ninguém sabe se é dia ou noite. Eu só dormia a maior parte do tempo”, comenta dona Amara. “Agora, desde ontem que não durmo direito. Eu tenho, para mim, que é de tanta felicidade de eu ter me curado”, brinca.
Ação de graças
Os netos Joselaine e Edson foram responsáveis por buscar ela, que é uma das 1.200 pessoas que passaram pelos hospitais de campanha da prefeitura e derrotaram a Covid-19.
“Quando a gente soube que ela tava com Covid, foi uma surpresa, porque ela ficava em casa e não saía de jeito nenhum. Mas agora todos estamos em paz, juntos dela. Foi muito emocionante buscá-la”, conta a neta Joselaine.
Evangélica da Igreja Batista, dona Amara pretende fazer um culto em ação de graças, por ter sido curada. “Mas agora eu preciso descansar um pouquinho. Só tenho a agradecer a Deus, porque foi ele quem me deu essa vitória”, finaliza.