“Deus, por favor, não me deixe morrer”. Esse foi o clamor do soldado australiano Dillon Beatson, que era ateu até o momento da queda do helicóptero que pilotava durante um exercício de treinamento próximo a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, em setembro de 2013.
“Nesse acidente, clamei por Deus, eu pedi a Ele: ‘Deus, por favor, não me deixe morrer’. E isso meio que me confundiu, porque eu pensei: ‘Por que eu clamaria a Deus, eu não acho que Ele é real’”, disse o soldado.
Beatson foi batizado na Igreja Católica na infância e até chegou a frequentar algumas celebrações, mas foi um “ateu convicto” durante toda sua adolescência e fase adulta. “Antiteísta seria uma descrição melhor do que eu era”, disse ele.
Ele pensava que acreditar em Deus era “besteira” e “todo aquele que acredita Nele está acreditando em contos de fadas”.
Mesmo assim, o soldado Beatson clamou a Deus nos 10 segundos que o helicóptero levou para cair. “O helicóptero estava caindo e eu fui empurrado para a areia; as pás da hélice estavam por todo lugar; era muito alto, muito escuro e empoeirado”, ele relata.
O soldado Beatson se manteve dentro do helicóptero e sobreviveu. O homem que estava ao seu lado, no entanto, foi atirado para fora do helicóptero e morreu.
Depois de sobreviver ao grave acidente, Beatson não conseguiu ignorar seu clamor por Deus. Nos meses e anos seguintes, ele começou uma jornada para descobrir seu propósito de vida e isso acabou o levando a um encontro com Deus.
Jornada de fé
O soldado conheceu um homem que se ofereceu para levá-lo a um curso na Hillsong Church, em Brisbane, na Austrália. Sua vida mudou após alguns meses de curso. “Foi incrível. Eu conheci alguns cristãos e tive uma boa base de Jesus e de Sua vida, e aprender sobre a Bíblia também”, disse.
Desde então, o soldado Beatson tem crescido em sua paixão por aprender mais sobre a fé. Ele passou a ser movido pelo desejo de “compartilhar o amor” de Cristo com todos que encontrava.
“Eu meio que sinto que minha infância foi roubada de uma forma, que eu não consegui crescer com o amor de Cristo, e não consegui ter muitos ensinamentos e moral introduzidos em mim desde cedo”, afirma. “Saber desde pequeno que Jesus está lá e me ama, teria feito uma enorme diferença na minha vida”.
O soldado Beatson voltou ao exército em fevereiro e passou a frequentar uma comunidade católica.
“Deus realmente colocou as medidas difíceis para me fazer passar da linha, porque eu não queria ir [para Ele] com facilidade”, reconhece Beatson. “Viver uma vida de pecado é divertido, você não quer mudar isso. Mas algo dentro de você sabe que você tem que mudar”.