Ataques à liberdade religiosa aumentaram na Espanha. De acordo com o “Relatório sobre ataques à liberdade religiosa” publicado este mês pelo Observatório para Liberdade e Consciência Religiosa, houve 53 ataques em 2018.
O relatório classifica os ataques à liberdade religiosa em cinco categorias, sendo as mais graves aquelas que têm violência contra pessoas e, secundariamente, os ataques contra lugares de adoração, vandalizados por grafitis, danos e roubos principalmente.
Eles também incluíram o que definem como ataques de “secularismo beligerante”, como as “expressões vexatórias” que ocorreram em um ambiente público, e vêm principalmente de governos locais e regionais, bem como de partidos políticos ou entidades seculares.
Houve apenas um caso de violência física devido à religião. Este ataque ocorreu em 14 de agosto na região espanhola de Murcia, onde dois jovens foram presos por agredir um grupo de jovens vestindo camisetas da Universidade Católica de San Antonio.
No entanto, o ataque contra lugares de culto tem crescido significativamente. O relatório informa sobre atos de vandalismo como pichações, destruição de fachadas e janelas, profanação, roubo ou ataques com explosivos caseiros.
Um caso nesses termos foi registrado em um local de culto evangélico. As paredes externas da Igreja Evangélica de Valls, na Catalunha, foram pichadas com a frase “Fora cristãos, de nossas terras”.
O relatório aponta também ataques ofensivos a outras religiões.
Os apontamentos concluem que “a liberdade religiosa está ameaçada, porque o medo de manifestar suas crenças cresce”.
“É importante trabalhar para proteger uma liberdade religiosa que não apenas beneficie os fiéis, mas também favoreça toda a sociedade promovendo a convivência pacífica entre os cidadãos”, afirmam os repórteres.
Além disso, pedem aos partidos políticos “que respeitem o direito à liberdade religiosa, tanto do ponto de vista individual quanto do ponto de vista coletivo, bem como os acordos assinados com as diferentes confissões religiosas”.
“O secularismo não significa a eliminação de todos os símbolos religiosos e proibir os cidadãos de praticar sua religião em público, isso significa respeito”, acrescentou o grupo.