Autor do sequestro de avião da EgyptAir é detido e o caso termina sem vítimas

O sequestrador havia exigido a libertação de 63 mulheres presas no Cairo. Ele também exigiu que uma carta fosse entregue à ex-mulher dele, que vive no Chipre.

Fonte: Guiame, com informações da AFPAtualizado: terça-feira, 29 de março de 2016 às 13:40
O presidente do Chipre disse que o evento "não era algo que tenha a ver com terrorismo". (Foto: AFP).
O presidente do Chipre disse que o evento "não era algo que tenha a ver com terrorismo". (Foto: AFP).

Segundo a polícia, o sequestrador de um avião da EgyptAir com tripulantes e 63 passageiros a bordo foi detido em um aeroporto do Chipre nesta terça-feira (29). O caso acabou sem mortes, mas reforçou as preocupações sobre a segurança nos aeroportos do Egito.

O sequestrador afirmou que estava usando um cinturão com explosivos e tomou o controle do Airbus A320 que decolou de Alexandria e que seguiria para a capital egípcia, o Cairo. O homem forçou o piloto a voar para a ilha de Chipre, no Mediterrâneo, onde a aeronave pousou no aeroporto internacional de Larnaca. Após negociações, os passageiros foram sendo liberados.

O homem não tinha sido identificado ainda, de acordo com um agente de polícia cipriota que afirmou que o sequestrador havia exigido a libertação de 63 mulheres presas no Cairo. Ele também exigiu que uma carta fosse entregue à ex-mulher dele, que vive no Chipre.

Entenda a matéria

Um homem tomou de sequestro, nesta terça-feira, um avião da EgyptAir e forçou o piloto a pousar na ilha do Chipre. Apesar da maioria ter sido libertada de início, o autor do sequestro manteve quatro tripulantes e três passageiros em seu poder. As informações foram fornecidas pelas autoridades egípcias e cipriotas.

O voo MS181 decolou da cidade de Alexandria, no Mediterrâneo, e seguiria para o Cairo com os passageiros e uma tripulação de sete membros. Em entrevista coletiva no Cairo, o ministro da Aviação Civil do Egito, Sharif Fathi, recusou-se a identificar o homem.

Apesar de não ter sido identificado a razão do sequestro, o presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, disse que o evento "não era algo que tenha a ver com terrorismo". Uma autoridade do governo cipriota, que pediu anonimato, disse que o homem "parecia estar apaixonado". Já a polícia do Chipre afirmou que o homem exigiu a libertação de 63 mulheres presas no Cairo.

Anastasiades, que falou ao lado do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, na Nicósia, foi questionado por repórteres sobre se poderia confirmar que o incidente tinha ocorrido por causa de uma mulher. "Sempre há uma mulher", respondeu a autoridade.

Uma autoridade de aviação civil, que pediu anonimato, disse que o homem deu aos negociadores o nome de uma mulher que vive no Chipre e enviou a ela um envelope. Mesmo assim, não ficou clara a relação do homem com a mulher.

Suposto nome

Hossam al-Queish, um porta-voz do governo egípcio, declarou que o sequestrador era Ibrahim Samaha. Em contrapartida, uma mulher egípcia que se identificou como a esposa de Samaha, afirmou que seu marido não era o sequestrador e que o companheiro estava seguindo para o Cairo para, em seguida, voar para os EUA para uma conferência.

O avião pousou no aeroporto da cidade cipriota de Larnaca, no sul do país. Segundo o Egito, havia oito norte-americanos, quatro britânicos, quatro holandeses, dois belgas, um francês, um italiano, dois gregos e um sírio a bordo. Três estrangeiros ainda não foram identificados.

Insegurança

O caso gera preocupação sobre a segurança nos aeroportos egípcios, cinco meses após uma aeronave russa ter um acidente minutos após decolar do resort egípcio de Sharm el-Sheikh. Neste evento, todas as 224 pessoas a bordo morreram no acidente. O governo russo disse posteriormente que um explosivo derrubou a aeronave e o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade.

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