Sete anos atrás, a polícia da Filadélfia, nos Estados Unidos, encontrou quatro portadores de deficiências trancados em um porão. Tamara Breeden, 36 anos, e outras três pessoas foram alvo de uma esquema de fraude para roubar sua aposentadoria por invalidez.
Uma das vítimas foi acorrentada à caldeira do porão, outra foi forçada a ficar nos armários sob a pia da cozinha. Breeden lembra que sofreu abusos, era forçada a urinar em um balde e dormia em uma tábua dura.
Em recente entrevista à NBC Philadelphia, Breeden revelou que sofria frequentes agressões de Linda Westin e outros dois homens. No entanto, ela conseguia se manter firme por causa de sua fé.
“Eu continuei orando a Jesus, orando a Deus, esperando voltar para casa e para minha família”, afirmou. Essas orações foram respondidas em outubro de 2011, quando um proprietário de terras soube das reféns escondidas no porão.
Westin fazia amizade com as vítimas com o propósito de receber seus benefícios da Previdência Social. Os promotores federais dos EUA dizem que nunca viram um caso como este.
Por mais de uma década, as autoridades contam que Westin e sua equipe mudaram suas vítimas de estado para estado, forçando-as a viver em condições deploráveis.
“Ela mentiu todos os meses para a Administração da Previdência Social sobre o uso do dinheiro”, disse o promotor norte-americano Richard Barrett. Pelo menos uma dúzia de vítimas foram sequestradas, incluindo algumas que morreram em cativeiro.
Westin está cumprindo uma sentença de prisão perpétua com adição de 80 anos em uma prisão em Virgínia Ocidental. Em setembro, o cúmplice Eddie Wright foi condenado a 27 anos de prisão. Outros dois homens também foram acusados e condenados no caso.
Breeden, que deu à luz filhos em cativeiro, agradece pelo fim do pesadelo que viveu por uma década. “Sou simplesmente livre. Me sinto bem. Me sinto feliz”, disse ela.