O Dr. Frédéric Saldmann, um cardiologista francês que atua na medicina preventiva, é um médico renomado na França — chegando a tratar muitos atores, empresários e políticos, incluindo o ex-presidente francês François Hollande.
Frédéric Saldmann é médico adjunto dos Hospitais de Paris e autor de vários best-sellers. Em seu mais recente livro, La Santé devant soi (“Saúde à sua frente”), ele afirma que as chaves para uma boa saúde têm sua origem nos textos sagrados.
“As pessoas que fazem da religião uma parte de suas vidas vivem mais do que as outras, isso é um fato”, disse Frédéric ao jornal francês Le Figaro.
Sua afirmação é baseada em um estudo que mostra que pessoas não praticantes de religião têm o dobro do risco de morrer nos próximos oito anos do que aqueles que oram uma vez por semana.
Aos 20 anos de idade, os praticantes de religião já têm uma expectativa de vida maior do que os outros em sete anos, segundo a pesquisa.
“É tentador atribuir esses resultados ao fato de que as pessoas religiosas geralmente têm estilos de vida geralmente virtuosos — pouco cigarro, pouco álcool etc — o que aumenta a expectativa de vida”, introduziu o médico.
Mas, segundo ele, uma vida sem vícios não é a única explicação.
“Nos locais de culto, encontramos a mesma diversidade de perfis que em outros locais: idosos, pessoas com excesso de peso ou falta de atividade física etc. Apesar de tudo, essas pessoas ‘em risco’ vivem estatisticamente mais do que aquelas que, com perfil semelhante, não têm fé. Foi isso que me levou a aprender sobre os aspectos benéficos da oração na saúde”, acrescentou Frédéric.
Poder da oração
A oração, segundo o médico, tem um impacto muito benéfico na saúde. “O sistema de recompensa, mecanismo do cérebro intimamente ligado à sensação de prazer, permite ao fiel sentir intensa felicidade quando pratica sua fé. A oração gera uma profunda tranquilidade, apaziguamento e um sentimento de harmonia entre si e o mundo exterior”, explica o médico.
Outro ponto observado por Frédéric é o poder das palavras como amor, paz, misericórdia, ternura e perdão, termos que são frequentes na Bíblia. “O simples ato de pronunciá-las ativa certas áreas do lobo frontal, melhorando as funções cognitivas”, ele afirma.
Confissão e jejum
O Dr. Frédéric Saldmann também vê o ato de confessar os pecados como uma forma de expressar a dor e evacuar as tensões internas. “Quer escolhamos nosso cônjuge, um amigo, um padre, um médico ou um psicólogo como interlocutor, falar nos permite dar um passo atrás em relação ao que estamos passando”.
Ele também explica que a confissão é uma oportunidade para liberar um fardo emocional pesado. “Estamos, então, reconciliados com nós mesmos e com os outros, livres dos segredos que nos tiram a alegria de viver e a espontaneidade”, explica o médico.
O jejum também foi listado como benéfico pelo médico como uma “dieta saudável e leve, livre da frustração de ter sido dominado pelo apetite”. Além disso, ele destaca que é um “verdadeiro aliado para a perda de peso”.