Filha de pai argelino e mãe francesa, Sabrina Kebli nasceu em Paris, onde, desde cedo, enfrentou problemas familiares, o que a empurrou para uma vida nas ruas.
Hoje transformada pela intervenção sobrenatural de Deus, ela conta que é uma pessoa feliz por poder compartilhar sua história que tinha tudo para terminar mal.
Sabrina conta que, no início da sua adolescência, aos 15 anos, a mãe queria recomeçar a vida e a enviou para morar com seu pai, com quem o relacionamento era difícil.
“Eu vivia em um clima insalubre com violência. Comecei a fumar maconha para me fazer sentir bem e preencher o vazio da minha vida”, lembra.
Sabrina diz que um dia seu pai ficou bêbado e ameaçou matá-la. “Eu sabia que ele era mais do que capaz disso. Então, decidi fugir e me vi sozinha para lidar com as drogas que se tornavam um hábito diário”, diz.
Aos 17 anos, ela morava em um apartamento abandonado, de lá foi morar com um namorado, pensando que havia encontrado alguém estável até o dia em que passou a usar heroína. “Comecei por curiosidade, mas dois meses depois eu estava viciada”, lembra.
Dali Sabrina entrou para o mundo do crime. Ela andava armada, pois começou a traficar drogas e espalhar dinheiro falso.
Overdose
“Pouco a pouco, comecei a perder o controle, mergulhando mais fundo em uma vida de mentiras e tudo o que importava era minha próxima solução. Tentei várias vezes me livrar do hábito com medicamentos e depois fui para a reabilitação”, diz.
Depois de alguns meses, ela conta que estava limpa e acreditava que havia se apossado de sua vida, até que, de novo, voltou aos velhos hábitos.
“Uma noite eu estava desesperada. Eu pensei que tinha que terminar com toda essa escravidão ao meu vício, pois achava que nunca poderia ser livre. Então, tomei uma overdose de heroína pensando que seria a solução”, diz.
Sabrina conta que depois daquela tentativa de suicídio acordou na UTI, com tubos por toda parte. Ela havia passado por uma cirurgia cardíaca após seu coração sofrer uma hemorragia e ter uma parada.
“O prognóstico dos médicos, na melhor das hipóteses, era que eu viveria como um vegetal”, diz.
Orações
Sabrina estava em coma no hospital, quando sua prima foi orar por ela. Aos poucos ela foi melhorando.
“Minha prima começou a falar comigo sobre o amor de Deus. Mas eu não acreditava e não ligava para ir à igreja. Então, um dia, ela me convidou para uma reunião, na Holanda. Eu decidi ir, mas com o objetivo de obter mais maconha”, lembra.
Sabrina conta que um amigo do seu primo começou a conversar com ela sobre Deus. “Na verdade, senti pena dele. Eu achava que a Bíblia era apenas um livro antigo escrito por homens, embora eu nunca tivesse lido. Então eu fiz perguntas apenas para contradizê-lo!”, lembra.
“Quando ele leu duas passagens da Bíblia, tive uma sensação estranha no coração, como se alguém tivesse me atingido”, diz. “Aquilo me assustou, pois minha operação ainda estava recente. Mas a sensação saiu tão rapidamente quanto veio. Achei estranho. Eu não disse nada, mas aquilo me incomodou”, conta.
Descobrindo Jesus
“Ele me disse que, se eu quisesse saber se Deus existia, eu precisava ter minha própria experiência e veria por mim mesma”, lembra.
Sabrina disse que quando voltou a Paris, quis descobrir se Deus existia mesmo. “Então eu comecei a conversar com esse Jesus que morreu por meus pecados. Fiz um relato da minha vida e, como todo mundo, fiz coisas das quais não tinha muito orgulho”, lembra.
“Decidi ser séria e pedir a Jesus uma mudança na minha vida. Então eu disse ao Senhor: ‘Se você me libertar das drogas, crerei em você e o servirei!’ Foi a melhor coisa que já fiz, pois ele mudou minha vida!”, testemunha.
“Instantaneamente, senti uma paz forte e um amor que nunca havia experimentado antes - incrível, mas muito real”, diz ela.
“Naquele momento, percebi que Jesus era real e o que procurava em drogas, encontrei nele. Acima de tudo, percebi que eu estava livre de drogas e de cigarros, finalmente livre!”, conta.
Sabrina começou sua nova vida. Ela voltou para a escola e encontrou um apartamento. Depois procurou seus pais. “Pedi perdão a meus pais e renovei meu relacionamento com minha família”, conta.
“Eu sei que Jesus me ama. Seu amor não é como qualquer um que o homem possa dar. Além disso, eu sei que nunca ficarei sozinha. Encontrei significado na minha vida e um novo desejo de viver. Ele é a melhor coisa que já me aconteceu”, diz.