A fim de estreitar as relações econômicas e comerciais entre o Brasil e o Irã, a presidente Dilma Rousseff combinou nesta quinta-feira (11) com o embaixador iraniano, Mohammad Ali, uma visita a Teerã ainda neste ano.
O presidente iraniano, Hasan Rowhani retribuirá a visita no máximo em 2017, se não puder vir ao Brasil neste ano.
O embaixador do Irã manifestou a Dilma o interesse em comprar uma quantidade significativa de táxis a gás, ônibus, caminhões e máquinas agrícolas. O país também pretende importar um "número considerável" de aviões da Embraer, que serão utilizados na reativação da aviação regional iraniana.
A questão é que a aviação do Irã foi prejudicada por uma ação das Nações Unidas para obrigar o país a abandonar uma eventual vertente militar em seu programa nuclear, através das sanções impostas pela organização. No entanto, os aviões brasileiros poderão “ajudar” o Irã a reerguer esse setor.
A recente eliminação das sanções, formalizada no mês passado, é a base para a retomada de um relacionamento que chegou a ser intenso no período Lula (2003 a 2010).
Dilma e os ministros presentes ao encontro — o chanceler Mauro Vieira e o titular de Minas e Energia, Eduardo Braga — disseram que em troca, o Brasil se interessa pelas indústrias iranianas de bio e nanotecnologiapelo e pelo petróleo iraniano, considerado de alta qualidade e, por isso, ideal para o "mix" petrolífero brasileiro.
O interesse iraniano será agora levado aos demais ministérios e também ao setor privado, para conhecer a disponibilidade para atender às eventuais encomendas.
No Fórum Econômico Mundial deste ano em Davos, comuna da Suíça, o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, manifestou ao jornal Folha de São Paulo o interesse pelo Brasil."O Irã está aberto para o Brasil. Aberto para a cooperação econômica e para a cooperação industrial", disse o chanceler, o que o seu embaixador em Brasília validou nesta quinta.