Emissora de TV cristã é censurada e tem equipamentos confiscados no Egito

Itens de equipamentos, incluindo câmeras e computadores usados ​​para edição foram confiscados. O diretor do escritório, Farid Samir, foi detido durante seis horas, segundo relatos de funcionários do canal.

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: quarta-feira, 14 de outubro de 2015 às 20:26
Atualmente as transmissões para o Egito estejam sendo feitas a partir de Beirute, capital do Líbano. (Foto: SAT-7)
Atualmente as transmissões para o Egito estejam sendo feitas a partir de Beirute, capital do Líbano. (Foto: SAT-7)

Os estúdios de uma emissora cristã no Cairo, SAT-7, foram invadidos neste sábado (10) por oficiais do Departamento de Censura do Egito, que acusaram a empresa de funcionar sem as licenças necessárias.

Itens de equipamentos, incluindo câmeras e computadores usados ​​para edição foram confiscados. O diretor do escritório, Farid Samir, foi detido durante seis horas, segundo relatos de funcionários do canal. Ele enfrenta quatro acusações por executar o canal de televisão por satélite sem as licenças corretas.

No entanto, de acordo com a SAT-7, o escritório da TV no Egito faz apenas a produção dos programas e não as transmissões via satélite. O canal ainda afirma que todas as acusações foram "baseadas na falta de informações incorretas".

A decisão foi tomada pelo Ministério Público e vai a tribunal nos próximos dias. Nesse meio tempo, as atividades do SAT-7 no Egito estão foram suspensas, embora as transmissões para o Egito estejam sendo feitas a partir de Beirute, capital do Líbano.

"Até onde sabemos, não fizemos absolutamente nada de errado. Nós temos as licenças e aprovações apropriadas. Este é um mal-entendido mas, infelizmente, estamos sujeitos a isso", disse Rex Rogers, presidente da SAT-7 nos Estados Unidos.

O trabalho da SAT-7 no Egito é realizada sob cobertura legal da Igreja Evangélica Copta, mas seus serviços abrangem todas as denominações cristãs no país.

A questão da censura se tornou uma preocupação crescente na mídia egípcia depois da aprovação de uma nova lei anti-terrorismo. Os cristãos são uma minoria no país e enfrentam uma pressão contínua dos muçulmanos tradicionais, embora o presidente Abdel Fattah el-Sisi tenha instado fortemente a tolerância e a liberdade religiosa.

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