Após o anúncio do corte de 50% das verbas públicas que contribuiriam para a realização dos desfiles de carnaval do Rio de Janeiro, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) publicou uma nota oficial, na qual anuncia a suspensão do evento, que seria realizado em 2018.
Segundo a prefeitura do Rio de Janeiro, o corte se deu para priorizar verbas para a manutenção de creches e visando também melhorias na alimentação e material escolar das crianças.
"São 12 mil crianças que hoje estão em creche conveniadas. O Rio de Janeiro paga per capita R$ 10 para cada criança. É preciso aumentar pelo menos para R$ 20. Agora, façam as contas. Isso tudo exige de nós austeridade e sacrifício. Todos precisam contribuir. A prefeitura está contribuindo. Nós cortamos secretarias, nós cortamos mais de mil cargos políticos. O carnaval precisa contribuir conosco, nos ajudar nesse esforço", disse a prefeitura em um comunicado.
Apesar da justificativa da prefeitura - considerada plausível por muitos cidadãos - as escolas de samba têm argumentado que "há um aumento substancial de arrecadação de impostos e receitas diretas e indiretas proporcionadas durante o período de preparação e realização dos desfiles carnavalescos" e também há "benefícios econômicos, financeiros, de geração de empregos e de renda" para a cidade e para o país durante os dias do evento.
"A prevalecer a decisão do Exmo. Sr. Prefeito Marcelo Crivella, ficarão inviabilizadas as apresentações das Escolas de Samba, no Carnaval de 2018", diz a nota oficial da Liga de Escolas de Samba do RJ.
Segundo estatísticas diulgadas pelo Portal UOL, em 2017, as Escolas de Samba receberam um total de cerca de R$ 24 milhões para a realização do desfile. Com a decisão da prefeitura, este valor deve cair pela metade em 2018.