Mais de 100 pessoas fizeram um mutirão para cultivar a plantação de café do agricultor que teve que largar as atividades no campo para cuidar das duas filhas, ambas com um problema sério no coração.
A história de solidariedade aconteceu no Córrego da Jacutinga, Zona Rural de Alto Jequitibá (MG). Seu Adauto e dona Josiane têm duas filhas, uma de 7 e outra de 13 anos de idade. Larissa, a mais velha, teve complicações e a família toda precisou se transferir para a capital mineira, Belo Horizonte.
A lavoura de aproximadamente de 12 mil pés de café ficou sem receber os cuidados necessários e ameaçava perder a plantação. Inicialmente, um grupo de 20 vizinhos começou a cuidar da roça, até que os amigos e parentes da família se mobilizaram e reuniram 94 homens para roçar e adubar a lavoura e outras dezenas de mulheres prepararam um lanche.
Em menos de uma hora, toda a plantação estava roçada e adubada. “Não tenho palavras para agradecer por tanto carinho. Sem a bênção de Deus e sem o apoio dessas pessoas nós não conseguiríamos superar”, disse Josiane.
Em Belo Horizonte, a família também recebeu ajuda. Parentes e amigos oferecem hospedagem e transporte para o tratamento de Larissa no hospital. “Só Deus pode retribuir tudo o que estão fazendo”, disse Josiane.
Filhas do casal têm problemas congênitos
As duas filhas de Adauto e Josiane têm miocardiopatia dilatada, uma doença no músculo do coração que impede o bombeamento de sangue para o corpo, causando arritmias e outras complicações. Elas têm ainda uma miopatia congênita, que provoca fraqueza nos músculos.
Larissa antes e após o transplante. (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)
Larissa enfrentava um quadro mais complicado e precisou passar por transplante. A filha mais nova iniciou o tratamento precoce.
Vaquinha
Para angariar recursos para a filha mais velha do seu Adauto, Larissa, foi feita uma vaquinha que possibilitou a família toda a se transferir para Belo Horizonte e se manter na cidade.
Foram levantados R$ 19.048,00 em doações. Com a vaquinha, a família também comprou um carrinho para as idas ao hospital, diz o portal VOA.
Transplante de coração
Cerca de um mês após a vaquinha, seu Adauto informou que a Larissa tinha conseguido fazer o transplante de coração, que ela tanto precisava.
O transplante de Larissa foi um pouco complicado e a recuperação da garotinha levou mais de um mês, precisando que ela se internasse algumas vezes no CTI.
Felizmente, depois de um tempo, Larissa apresentou melhora e os médicos deram alta definitiva para ela.
“Eu tenho muito que agradecer primeiramente a Deus pela vitória que ele nos deu de acontecer esse milagre na vida dela, que até os médicos falam que foi um milagre o que aconteceu com ela”, disse seu Adauto.