O governo israelense se comprometeu a investir mais de 1 milhão de shekel, a moeda hebraica oficial, nos esforços para encorajar os judeus brasileiros a partirem para Israel.
Somente 191 judeus brasileiros se mudaram para Israel no ano passado, enquanto 750 são esperados para regressar ao país de origem até o final de 2016. A aliá brasileira forma o sétimo maior grupo de imigrantes para Israel.
O Comitê de Knesset para Aliá e Absorção anunciou na segunda-feira (22) que NIS 1.180.000 serão gastos em iniciativas destinadas a resolver problemas comuns que os brasileiros enfrentam depois de imigrarem para Israel.
Parte do dinheiro também será destinada para aumentar o número de representantes da Agência Judaica no Brasil a fim de incentivar a aliá, fornecendo seminários preparatórios e encontrando empregos para os novos imigrantes antes da sua mudança para Israel.
Para os estudantes brasileiros, haverá um incentivo para a realização dos exames psicométricos exigidos por universidades de Israel e o aumento do número de cursos de hebraico no Brasil.
Barreiras
Gladys Berezowsky, gerente da organização Beit Brasil, destacou a falta de disponibilidade de informações dos centros de absorção traduzidas para o português.
Bruna Drazin, que se mudou do norte do Brasil para Israel em 2011, disse que muitos brasileiros lutam após a sua chegada em Israel devido à barreira da língua.
"Tudo pode ser difícil. Quase todos os sites são disponíveis em inglês e hebraico, às vezes em espanhol, mas nunca em português. Algumas pessoas pensam que o espanhol é o mesmo que português, mas não é. Há muitas pessoas do Brasil que não conseguem nem mesmo ler em espanhol", disse Drazin.
De acordo com o representante da Federação Sionista, Oded Foyer, cerca de quinze cursos de língua hebraica serão abertos, enquanto mais professores vão sendo treinados. Os esforços para incentivar a aliá não será restritos somente a São Paulo e Rio de Janeiro, mas no interior também.