O grupo terrorista libanês Hezbollah, financiado pelo Irã, recrutou brasileiros para ataques contra judeus no Distrito Federal.
Segundo o Fantástico, um ataque terrorista iminente no Brasil foi evitado pela Polícia Federal (PF), após um alerta ser enviado pelos Estados Unidos.
Um dos recrutados foi Lucas Passos Lima, preso em novembro de 2023, depois de voltar da segunda viagem que fez ao Líbano.
Com ele, foram achados vídeos de duas sinagogas e um cemintério judeu, em Brasília e em Águas Claras. Os locais estavam em uma lista de oito pontos da comunidade judaica. Um relatório sobre um rabino também foi encontrado com Lucas.
De acordo com investigações da Polícia Federal, o suspeito foi um dos recrutados por terroristas do Hezbollah.
Mohamad Khir Abdulmajid, um sírio naturalizado brasileiro, também está sendo investigado. Ele é procurado pela Interpol como o principal envolvido no recrutamento no Brasil para o grupo extremista. Ele teria aliciado pelo menos cinco brasileiros.
Lucas e Mohamad são réus pelos crimes de terrorismo e organização criminosa. A PF continua investigando o caso, buscando outros brasileiros que foram procurados pelo Hezbollah.
Comentando o episódio, André Lajst, cientista político especializado em Israel e Oriente Médio, lembrou que muitos tentaram negar que o Hezbollah estava recrutando brasileiros para realizar ataques contra alvos judaicos no país.
“As evidências da veracidade disso são cada vez maiores”, apontou ele, em postagem no Instagram, na segunda-feira (4).
Para André, a ameaça terrorista no Brasil é real. “Este é mais um lembrete de que o antissemitismo do regime iraniano e seus grupos terroristas são uma ameaça não apenas a Israel e aos judeus, mas à comunidade internacional como um todo, inclusive ao Brasil”, alertou.
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