Idioma chinês será ensinado como "segunda língua oficial" em Cuba

Confirmado pela imprensa estatal, o ensino começará experimentalmente nas escolas secundárias básicas de Havana a partir do próximo ano letivo.

Fonte: Guiame, com informações do GranmaAtualizado: quinta-feira, 5 de novembro de 2020 às 14:02
Assinatura do contrato entre Cuba e China. (Foto: Reprodução / Granma)
Assinatura do contrato entre Cuba e China. (Foto: Reprodução / Granma)

Os Ministérios da Educação da China e de Cuba assinaram um acordo-quadro de cooperação em Havana para promover o ensino do chinês como segunda língua na ilha, informa o Granma, jornal oficial do Comitê Central do Partido Comunista Cubano.

O acordo foi assinado pelo embaixador chinês, Chen Xi, em representação do Centro de Cooperação Internacional para o Ensino de Línguas do Ministério da Educação da República Popular da China, e pelo diretor nacional do Ensino Médio Básico de Cuba, Adalberto Revilla, representando o Ministério da Educação da República de Cuba.

O diplomata chinês destacou que a assinatura do documento simboliza uma cooperação bilateral cada vez mais estreita e um desenvolvimento mais amplo das relações entre os dois países.

Por sua vez, a Primeira Vice-Ministra da Educação de Cuba, Cira Piñeiro, disse à Xinhua que o fato de a China poder ajudar no ensino da língua chinesa é muito importante para continuar fortalecendo as relações de colaboração entre as duas nações.

Segundo a imprensa estatal, o idioma começará a ser ensinado experimentalmente nas escolas secundárias básicas de Havana a partir do próximo ano letivo.

No dia 2 de janeiro, as primeiras aulas de chinês começarão a ser ministradas na Escola de Ensino Fundamental Fructuoso Rodríguez, na capital do país, onde cerca de 100 estudantes, divididos em quatro turmas, receberão esse ensinamento de professores chineses.

Embora oficialmente o sistema de ensino em Cuba estabeleça o estudo da língua inglesa como obrigatório, as aulas de chinês serão inicialmente opcionais nos centros educacionais, como uma "língua complementar", explicaram as autoridades do MINED.

A intenção das autoridades educacionais cubanas é que esta experiência seja posteriormente estendida a outras escolas.

O acordo, que vigorará por quatro anos prorrogáveis, estabelece que o Centro de Cooperação Internacional para o Ensino de Línguas enviará para a ilha os professores chineses necessários.

Havana e Pequim assinaram em novembro do ano passado um acordo-quadro sobre educação que estabelece a colaboração em diversos níveis de ensino em Cuba, como a primeira infância, a educação especial e a educação técnico-profissional.

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