Segunda maior denominação protestante dos Estados Unidos, a Igreja Metodista Unida (UMC), votou na terça-feira (26) para fortalecer seu apoio ao casamento entre um homem e uma mulher, estabelecido no chamado “Plano Tradicional” da Igreja.
Em uma reviravolta inesperada, os delegados da UMC decidiram rejeitar o “Um Plano da Igreja” que teria permitido que líderes de igrejas individuais e autoridades regionais da conferência anual decidissem ordenar e casar com membros LGBTQ, de acordo com a Associated Press.
Albert Mohler, presidente do Seminário Teológico Batista do Sul, descreveu o voto inesperado da denominação como histórico, porque seus delegados “votaram para manter os padrões bíblicos de moralidade sexual”.
“Entenda o que aconteceu”, explicou ele. “Ontem, em St. Louis, Missouri, uma importante denominação protestante nos Estados Unidos disse 'não' à revolução sexual. Isso nunca aconteceu antes. Aconteceu ontem. É melhor prestar muita atenção”.
O “Plano Tradicional”, apoiado pelos delegados conservadores da igreja, foi aprovado por 438 votos contra 384. Quase metade dos apoiadores do plano (43%) vieram do exterior, muitos de países africanos.
O reverendo Jerry Kulah, da Libéria, disse que “a igreja na África deixaria de existir” se a proibição ao clero LGBTQ fosse suspensa. Ele continuou dizendo que “não pode fazer nada além de apoiar o Plano Tradicional” porque é “o plano bíblico”.
Outros ministros nos EUA, como o reverendo Scott Hagan de Bonaire, na Geórgia, disseram que afastar-se da compreensão bíblica do casamento, permitindo que cada igreja da UMC assumisse sua própria posição teológica sobre a questão, seria “confuso”.
“Ter cada igreja — possivelmente na mesma cidade — oferecendo uma perspectiva e prática diferentes certamente seria confuso para o público que vem à igreja em busca de orientação”, explicou Hagan.
Após a votação, as reações começaram a aparecer online e protestos na porta da conferência.
Após a votação é provável que muitas das congregações progressistas da igreja deixem a UMC.