Dezenas de pessoas foram mortas e feridas em ataques terroristas no aeroporto e no metrô de Bruxelas, capital da Bélgica, na manhã desta terça-feira (22). As explosões levaram o governo do país a entrar em alerta máximo para o terrorismo.
O número de vítimas ainda é incerto e não para de aumentar. Segundo o porta-voz dos bombeiros, Pierre Meys, 11 pessoas morreram no Aeroporto Internacional de Zaventem. A autoridade de trânsito da cidade disse que 15 pessoas morreram no metrô Maelbeek. Já a imprensa fala em até 34 mortos, além de 136 feridos.
Nenhum grupo terrorista assumiu a autoria dos atentados. No entanto, as explosões ocorreram quatro dias após a prisão, em Bruxelas, de Salah Abdeslam, principal suspeito pelos ataques terroristas promovidos em Paris pelo Estado Islâmico em novembro.
As duas primeiras explosões foram provocadas por um homem-bomba na área de embarque do aeroporto, por volta das 8h (4h de Brasília). Vozes em árabe e tiros também foram ouvidos no local, segundo a imprensa belga.
A terceira ocorreu cerca de um hora depois na movimentada estação Maelbeek, localizada próximo ao local onde parte das representações da União Europeia está sediada.
De acordo com a CNN, dezenas de pessoas foram retiradas de macas do aeroporto. Imagens divulgadas pela BBC mostram destroços, fumaça, vidros quebrados e a correria das pessoas para deixar o aeroporto.
Foto mostra interior do aeroporto após explosão. (Foto: Jef Versele/ PA)
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, condenou os "atentados cegos, violentos e covardes" que atingiram Bruxelas. "Temíamos um atentado terrorista e aconteceu", lamentou.
Nesse momento, Charles Michel afirma que a prioridade é estabilizar a situação, reforçando a segurança em alguns pontos vulneráveis e socorrendo as vítimas. “Nós estamos face a uma dificuldade, um desafio. Vamos enfrentar unidos e solidários”, disse o primeiro-ministro.
Todas as estações de metrô foram esvaziadas pelas autoridades, e o deslocamento de trens e ônibus foram suspensos em Bruxelas. O aeroporto também foi esvaziado e fechado para pousos e decolagens. A polícia bloqueou todas as vias de acesso ao complexo.
As autoridades recomendam que os contatos sejam feitos por meio das redes sociais, já que o sinal de celular está prejudicado nesse momento. As ligações telefônicas devem ser deixadas apenas para emergências, e os deslocamentos nas ruas devem ser evitados.
Contra-ataque?
As explosões aconteceram quatro dias após a prisão de Salah Abdeslam, em Bruxelas. Ele é o principal suspeito dos ataques terroristas promovidos em Paris pelo Estado Islâmico, em novembro de 2015.
Outro suspeito foi morto após a invasão de um apartamento, em uma busca iniciada pela polícia belga desde o início da semana passada. Na segunda-feira (21), a polícia divulgou a identidade de mais um suspeito de envolvimento com os ataques: Najim Laachraoui, um homem de 24 anos.
Parceria
Segundo o presidente da França, François Holland, os ataques à Bélgica "atingem toda a Europa".
Cerca de 1,6 mil policiais franceses foram direcionados à Bélgica por ordens do ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve. O objetivo da ação é reforçar a segurança das fronteiras e do sistema de transportes do país.
A França também intensificou a segurança no Aeroporto Charles de Gaulle, na região de Paris.