O parlamento de Uganda aprovou uma lei que criminaliza o sacrifício humano no país nesta terça-feira (04), em sessão presidida pela parlamentar Rebecca Kadaga. Na ocasião, os parlamentares aconselharam os ugandeses a buscar conhecimento na Bíblia e abandonar o comportamento primitivo, como a bruxaria.
A nova lei vai condenar os envolvidos em atos de sacrifício humano à prisão ou à pena de morte. Intitulado de “Lei de Prevenção e Proibição do Sacrifício Humano 2020”, o projeto de lei foi apresentado pelo parlamentar Bernard Atiku e teve apoio total do parlamento.
Bernard afirmou que a lei visa tapar a brecha que existia na legislação de Uganda, onde os crimes de sacrifícios não eram passíveis de punição e que era aproveitada por assassinos.
“O sacrifício humano é uma preocupação crescente para as agências de aplicação da lei, pais, ativistas dos direitos da criança e o público em geral. Registros da Força Policial de Uganda mostram que os casos de sacrifício humano têm aumentado constantemente desde os anos 1990”, disse.
A parlamentar Betty Aol Ocan destacou que as principais vítimas do sacrifício humano são crianças, devido a crenças culturais primitivas. “Às vezes, essas pessoas matam essas crianças para levá-las aos feiticeiros em busca de riqueza, mas esses mesmos feiticeiros não têm dinheiro”, explicou.
Já o Vice-Presidente da Comissão de Assuntos Legais e Parlamentares, Hon Paul Akamba, chamou a atenção para o fato de Uganda ainda não ter uma legislação proibindo o tráfico de órgãos humanos.
A Presidente do Parlamento, Rebecca Kadaga, concluiu que a nova lei deu uma via de justiça para todas as vítimas de sacrifícios humanos, especialmente as crianças.