A Federação de Entidades Religiosas Evangélicas da Espanha (FEREDE) aponta a discriminação de pastores pelo governo. Isso porque a reivindicação para o reconhecimento das pensões de pastores evangélicos impedidos de contribuir antes de 1999, não foi cumprida em 2022.
“Iniciamos o ano de 2022 com a expectativa de ver alguns deles resolvidos, mas temos que dizer que, por mais um ano, não vimos vontade política para melhorar o exercício dos direitos dos protestantes", lamentou a secretária-executiva da FEREDE, Carolina Bueno, em declarações à Europa Press.
Protestantes espanhóis mantinham expectativa de que o governo resolvesse em 2022 a "discriminação" sofrida pelos pastores evangélicos.
A Corte Europeia de Direitos Humanos e a Suprema Corte confirmaram em 2017, que esses pastores não puderam contribuir para a Previdência Social durante a ditadura, sendo assim, não foram incluídos na Previdência Social até 1999.
Bueno afirmou que a diferença no tratamento com outros grupos que defendem pautas sobre o mesmo problema histórico é gritante, e os evangélicos se sentem frustrados com o descaso do governo para resolver a situação, ano após ano.
Mesmo sem ter seus direitos assegurados, permaneceram servindo a sociedade
Além de não cumprir os direitos dos evangélicos, o secretário executivo da FEREDE assegurou que eles continuassem a trabalhar e ajudar a sociedade espanhola.
Os cristãos permaneceram contribuindo com projetos solidários, assistência espiritual em prisões, hospitais e centros de detenção estrangeiros, facilitando o ensino religioso evangélico nas escolas e promovendo a cooperação com outras denominações religiosas.
As igrejas e entidades evangélicas também contribuem ajudando os mais necessitados com trabalho social e solidário.
Também realizam projetos de combate ao tráfico, de ajuda a imigrantes, com famílias em risco de exclusão social ou crianças mais vulneráveis.
Trabalho com refugiados ucranianos
Especificamente, o trabalho dos evangélicos para ajudar os refugiados ucranianos afetados pela guerra ganha destaque.
A ONG evangélica Diaconía España, abriu novos centros de atendimento a refugiados com a oferta de igrejas, entidades e famílias evangélicas.
Bueno destacou que durante a pandemia, as igrejas e organizações evangélicas, em geral, fizeram uso de ferramentas tecnológicas para manter suas atividades.
Mesmo depois do confinamento, o crescimento e o número de entidades evangélicas constituídas no país, recuperou o ritmo que existia antes da pandemia.