Protesto no Rio alerta sobre perseguição no Irã: “Ser cristão pode te levar à morte”

A StandWithUs fez uma série de ações pela cidade denunciando a violência e a opressão do regime islâmico iraniano, no domingo (6).

Fonte: Guiame Atualizado: segunda-feira, 7 de julho de 2025 às 13:18
A StandWithUs fez uma série de ações pelo Rio denunciando o regime islâmico iraniano. (Foto: Instagram/StandWithUs Brasil).
A StandWithUs fez uma série de ações pelo Rio denunciando o regime islâmico iraniano. (Foto: Instagram/StandWithUs Brasil).

A organização pró-Israel StandWithUs realizou uma séries de ações em protesto contra o Irã na cidade do Rio de Janeiro, no domingo (6).

A manifestação aconteceu durante a 17ª Cúpula do Brics, que reúne chefes de Estado de mais de 20 países no Rio, incluindo o Irã, que é um dos membros do grupo.

Um caminhão com uma grande tela em LED percorreu a capital carioca exibindo frases denunciando a violência do governo islâmico: “No Irã, ser cristão pode te levar à prisão ou à morte”, “O regime iraniano mata gays e mulheres em praça pública” e “No Irã, mostrar o cabelo pode custar sua vida”. 

Além disso, a ONG pró-Israel fez uma instalação simbólica com dez forcas e 1.000 bandeiras LGBT na Praia de Ipanema para lembrar a perseguição a homossexuais e a falta de liberdade individual no país islâmico.

“O Irã tem por política de Estado o assassinato público de gays — é crime o relacionamento entre dois homens no país. Essa é uma lembrança de que o Irã é contra a liberdade, não só de gays, mas também de mulheres, cristãos e outras minorias”, afirmou o StandWithUs Brasil em publicação no Instagram.

Em nota nas redes sociais, a organização enviou uma mensagem à cúpula do Brics:

“O regime iraniano é um dos mais opressores do mundo atualmente. Além de pregar a destruição de Israel e financiar grupos terroristas no Oriente Médio, a teocracia islâmica viola uma série de direitos humanos, reprimindo mulheres e perseguindo gays, cristãos e outras minorias. O Irã não pode ser amigo do Brasil”, declarou.

André Lajst, presidente do StandWithUs Brasil, criticou a relação do Brasil com o país opressor. 

“Além de pregar a destruição de Israel, o regime iraniano prende mulheres, persegue cristãos e mata gays”, afirmou André, nas redes sociais.

“Representantes desse regime estão no Rio de Janeiro hoje (6) para a cúpula do BRICS, trocando apertos de mãos com o presidente Lula. Tudo isso em nome de um suposto ‘multilateralismo’ e de uma ‘nova ordem mundial'. Vergonhoso!”.

Perseguição no Irã

No Irã, a conversão do islamismo para o cristianismo é proibida, e quem for descoberto pode ser preso e sofrer punições como perda de direitos familiares. Cristãos convertidos são vistos como ameaça pelo governo e são obrigados a realizar cultos clandestinos, sob risco de detenção.

O país é o 9º na Lista Mundial da Perseguição 2025 da missão Portas Abertas, estando entre os 13 países em que os cristãos enfrentam níveis de perseguição extrema.

Após o recente cessar-fogo entre Israel e Irã, uma nova onda de tensão tem gerado preocupação dentro do próprio território iraniano. Agora, o governo está redirecionando suas forças para uma repressão interna, impulsionada por novas leis que facilitam a aplicação da pena de morte.

Entre os dias 13 e 24 de junho, enquanto Irã e Israel estavam em conflito, a missão Portas Abertas informou que mais de 700 pessoas foram presas no Irã. No mesmo período, o governo executou 10 pessoas acusadas de espionagem. Além disso, bloqueios começaram em ruas de cidades curdas e logo se espalharam por todo o país.

Os casos seguem um padrão parecido em que os detidos são privados de direitos legais básicos, sem julgamento justo, sem acesso a advogados independentes e, muitas vezes, condenados com base apenas em confissões obtidas sob tortura.  

Especialistas jurídicos alertam que nove artigos de lei, aprovados às pressas pelo Parlamento em 29 de junho, devem acelerar julgamentos sumários já em andamento nos Tribunais Revolucionários.

Já defensores dos direitos humanos denunciam que, em momentos de crise, o governo iraniano costuma recorrer a prisões em massa e execuções como forma de controlar a população e reprimir qualquer sinal de oposição.

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