O presidente russo Vladimir Putin revelou que um míssil nuclear “imparável”, apelidado de “Satan II”, logo estará pronto para o combate, enquanto a Rússia se prepara para expandir suas forças armadas na guerra contra a Ucrânia.
Em um discurso ao Conselho Militar de Defesa em Moscou na quarta-feira (21), Putin enfatizou que não havia "nenhuma restrição financeira" sobre o que seu governo poderia fornecer às forças armadas russas.
Ele destacou que a Rússia implantará mais armas hipersônicas e que o primeiro navio de guerra equipado com mísseis hipersônicos de última geração será comissionado pela Marinha no próximo mês.
O presidente russo prometeu também que as indústrias militares aumentarão a produção de armas, sem sobrecarregar os recursos do país e prejudicar a economia interna.
Ele mencionou que o objetivo do “Satan II” é substituir os antigos mísseis balísticos da era soviética e formar a peça central do arsenal nuclear da Rússia.
O Satan II, conhecido oficialmente na Rússia como RS-28 Sarmat, teve um teste de lançamento bem-sucedido no início deste ano. Putin disse em um discurso televisionado que o míssil não tinha concorrência e faria os inimigos de seu país “pensarem duas vezes” antes de fazer ameaças.
O líder da Rússia também alertou na época que o míssil “é capaz de superar todos os meios modernos de defesa antimísseis”.
Sobre o Satan ll
Introduzido pela primeira vez em 2018, o Satan II tem um alcance estimado entre 6.200 e 11.800 milhas, permitindo ao Kremlin lançar o míssil em qualquer lugar do mundo, embora o Pentágono tenha minimizado a ameaça aos EUA e seus aliados da OTAN, informou a Live Science.
Os comentários de Putin ocorreram no mesmo dia em que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, viajou para Washington — sua primeira viagem ao exterior desde o início da guerra — para garantir quase US$ 45 bilhões em ajuda adicional e US$ 1,85 bilhão em armas, incluindo o sistemas de mísseis Patriot.
Durante a reunião de quarta-feira com o alto escalão militar da Rússia em Moscou, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, revelou um plano para aumentar as forças armadas do país em mais de 30%, de seus atuais 1,15 milhão de soldados para 1,5 milhão.
Anteriormente, o Kremlin considerava o tamanho de suas forças armadas suficiente, mas o cálculo mudou em meio à resistência da Ucrânia na guerra.