Indi Gregory, uma bebê britânica de 8 meses, sofre de uma doença mitocondrial grave que impede as células do corpo de produzirem energia. A condição foi classificada como incurável pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS).
Os médicos responsáveis, apoiados pela justiça, querem desligar os aparelhos que dão suporte de vida. Os pais da bebê, Claire Staniforth e Dean Gregory, contrários ao desligamento dos aparelhos, entraram com um recurso para transferi-la para o Hospital Pediátrico Bambino Gesù, em Roma, capital da Itália, mas o pedido, à princípio foi negado, conforme notícias do UOL.
Indi está internada no Queen's Medical Centre, em Nottingham, porém os médicos afirmam que não há mais nada a se fazer por ela, e o prazo dado pela Justiça para a eutanásia passiva terminou na segunda-feira (6).
‘Ela precisa de mais tempo’
O juiz Robert Peel, que autorizou o desligamento dos aparelhos, tentou justificar dizendo que estava “com o coração pesado”, mas que chegou à conclusão de que “a expectativa de vida da menina é curta e que não há nenhuma perspectiva de recuperação”.
Os pais, por outro lado, alegam que ela precisa de “mais tempo” e que estão preparados para “fazer o que for necessário” para lutar pela vida da filha.
Conforme notícias da ACI Digital, a menina será transferida para o hospital Bambino Gesú, em Roma, onde o governo concedeu nacionalidade a Indi Gregory.
O Conselho de Ministros italiano tramitou a sua nacionalidade com caráter de urgência: “Esta resolução permitiu adiar a desconexão da bebê [dos aparelhos] e encheu os pais de esperança”.
Os dois apresentaram um recurso para evitar a sentença de morte da filha e transferi-la para o hospital da capital italiana, que se ofereceu para acolhê-la e dar-lhe os cuidados necessários.