"A santificação não elimina o pecado, mas o domina", diz pastor

Paulo Júnior explicou que é preciso diferenciar santificação de glorificação.

Fonte: GuiameAtualizado: sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019 às 15:01
Paulo Júnior é pastor da igreja Aliança do Calvário. (Imagem: Reprodução - Youtube)
Paulo Júnior é pastor da igreja Aliança do Calvário. (Imagem: Reprodução - Youtube)

"Se Sou Salvo Por que Ainda Peco?". A pergunta pode parecer recorrente, porém conflitante e perturbadora para recém-convertidos e até mesmo para aqueles que têm algum tempo de caminhada na fé cristã. Porém a explicação para isso, segundo o pastor Paulo Júnior, exige a correta definição e diferenciação dos seguintes termos: santificação e glorificação, que são duas etapas diferentes após a salvação.

Durante uma de suas pregações, o pastor explicou que há um processo desde o momento da salvação, que precisa ser compreendido pelo cristão.

"O momento da nossa salvação ocorre quando somos justificados. Salvação compreende justificação. Essas palavras não podem se separar. Não existe salvo sem ser justificado. Todo salvo é justificado e todo justificado é salvo", destacou.

Se voltando para as cartas paulinas, o pregador destaca que o apóstolo usa a ilustração de um tribunal para explicar a condição do homem e seu pecado diante de Deus.

"Paulo coloca a figura de um tribunal: pecadores são criminosos; os crimes são quebrar a lei de Deus, o Evangelho, os mandamentos; a sentença é a condenação, a pena de morte, a morte eterna. Quando o Evangelho é exposto, quando a mensagem é pregada ao pecador, ele responde com fé à mensagem e quando ele responde com fé, naquele momento é justificado", acrescentou. "O juiz, que é Deus, bate o martelo e dá uma sentença favorável a ele, o absolve dos pecados".

Santificação

O pastor continuou sua explicação, avançando no processo da caminhada cristã, destacando a definição de santificação.

"Logo em seguida, ocorre outra obra da graça. Note que o pecador agora foi livre dos seus crimes, Deus tratou do passado dele, a culpa do pecado; agora Deus vai tratar do presente, o poder do pecado, é a obra que chamamos santificação", explicou. "Ele tirou a culpa e agora vai tirar o poder, o domínio, a força do pecado na vida, na carne do crente".

"O que é a santificação? Agora é sobre o aspecto prático do pecado. A santificação é o processo de separação do crente, de mortificação da carne, mortificação do pecado, mortificação do velho homem, é exercer domínio sobre os impulsos carnais, sobre as inclinações pecaminosas. Santificação é o processo de separar o crente do pecado, processo de purificação, é limpar o crente dos aspectos pecaminosos", destacou.

Porém, mesmo com essas definições, o pastor lembrou que conceitos equivocados sobre a santificação geralmente levam muitos cristãos a se questionarem sobre o pecado.

"É aqui que alguns tropeçam. Dizem: 'Eu não sou santo'. Por que? 'Porque eu peco'. 'Eu não tenho crescido em santidade'. Por que? 'Porque eu peco", frisou. "Presta atenção, você está confundindo santificação com impecabilidade. Você está confundindo santificação com glorificação. A santificação não erradica o pecado, a santificação domina o pecado".

Confira este trecho da pregação no vídeo abaixo:

 

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