Nesta época do ano, a emoção toma conta de muitas pessoas que, sensibilizadas com a situação difícil do próximo, procuram fazer caridades, visitando orfanatos, asilos e efetuando doações de brinquedos, roupas, alimentos e até de dinheiro. A preocupação é válida, afinal, um dos principais ensinamentos do Senhor Jesus foi exatamente esse: amar ao próximo com a si mesmo. Porém, para muitos, o espírito caridoso tem um fim junto com o final da época festiva.
Já para as voluntárias da Associação de Mulheres Cristãs (AMC) a época de fazer o bem aos necessitados nunca termina. Durante o ano de 2010, o grupo realizou inúmeras ações sociais, levando esperança e solidariedade aos necessitados. Por diversas vezes, elas foram ao asilo Raiar do Sol, na zona sul da capital paulista, onde efetuaram doações e promoveram festas para arrecadar fundos, com a participação de artistas, atletas e cantores.
Em visita a Abads, instituição que existe há 60 anos e atende mais de 700 crianças e adolescentes com deficiência intelectual, a AMC distribuiu brinquedos pedagógicos.
Na Fundação Casa foram muitos os trabalhos realizados. A equipe levou esperança aos internos anunciando a Palavra de Salvação por meio da distribuição de bíblias e de depoimento das integrantes da associação.
O orfanato, "Lar do Betinho", que existe há 30 anos e abriga 89 crianças e adolescentes portadores de deficiências físicas e mentais, sendo alguns abandonados pelos familiares, também recebeu o carinho das voluntárias da AMC, que se uniram e compraram 3 cadeiras especiais para as crianças que se encontravam mais necessitadas.
Uma das últimas ações realizadas pelo grupo aconteceu no dia 11 de dezembro, quando elas se reuniram com os moradores do bairro Jardim Planalto, na cidade de Carapicuíba, zona oeste de São Paulo, para realizar um lanche da tarde e distribuir às famílias carentes 100 cestas com aves e panetones, para as festas do final de ano. Além disso, elas prepararam também kits de higiene pessoal para o uso diário.
Para a Presidente da AMC, Rosana Oliveira, o amor existente dentro do coração de cada voluntária é o que permite que o grupo ajude tantas pessoas. O verbo dar passou a reger as nossas vidas diariamente. Muitos pensam que pessoas envolvidas em projetos em que a solidariedade é prioridade, têm tempo sobrando ou que são pessoas extremamente bem-sucedidas financeiramente. Mas não é verdade, pois temos encontrado apoio e ajuda em pessoas altamente comprometidas com o tempo e muitas que não são extremamente bem-sucedidas financeiramente, mas que reconhecem que a felicidade é muito maior para quem dá do que para aquele que recebe. Doar é ceder gratuitamente, explica Rosana.
A psicóloga, Rita de Cássia Dantas (foto ao lado), é uma das voluntárias da AMC que se empenha em ajudar quem precisa. Porém, ela reconhece que se não fosse alguém doar um pouco do tempo que tinha para ajudá-la, ela não estaria hoje realizando ações em favor do próximo.
Ela relata que, há alguns anos, sofria de depressão a ponto de não querer ver ninguém. Eu estava muito debilitada, doente, depressiva. Comecei a me fechar em meu mundo, durante três meses, eu fiquei dia e noite em um colchão na sala de casa, em frente à televisão só dormindo. Sentia muitas dores pelo corpo e fui diagnosticada com fibromialgia, uma doença sem cura que enfraquece os ossos, lembra.
Um dia, ao ouvir programa de rádio da Igreja Universal do Reino de Deus ela recebeu forças para sair da prostração e decidiu ir até à Igreja. Desde então, Rita começou a ver os resultados na vida dela. Ela fez novos exames e a doença havia desaparecido. Eu não sinto mais dores, nem depressão. Comecei a lidar melhor com a minha ansiedade, comprei um apartamento de dois andares, tenho outro apartamento no Rio de Janeiro, carro e imóveis alugados. Deus é maravilhoso, ele trouxe à existência aquilo que não existia", testemunha.
Por ter experimentado o Poder de Deus na própria vida, Rita se diz realizada em poder se dedicar ao próximo como voluntária da AMC. A cada evento que eu participo, a cada visita nas instituições eu me sinto renovada, sabendo e tendo a responsabilidade de que estou fazendo um pouquinho a cada dia, finaliza.
Por Graziela Masotti