Quando o Dr. Ken Elliott e sua esposa Jocelyn casaram na Austrália, firmaram um propósito de dedicarem suas vidas a servir aos mais necessitados e cumprir o propósito de Deus.
Assim, anos mais tarde, o casal, junto com os filhos pequenos, se mudou para Burkina Faso, na África.
No novo país, eles fundaram um hospital em Djibo, para atender a população pobre, cobrando muito pouco ou nada.
Hospital sustentado pela provisão divina
O Dr. Elliot operou milhares de pacientes no país e também pessoas que vinham de países vizinhos. O médico testemunhou que a clínica foi sustentada pela provisão de Deus durante 44 anos.
"Tivemos a ideia de não pedirmos fundos, mas apenas oraríamos por eles. Foi incrível como conseguimos o que precisávamos quando precisávamos’, afirmou ele, em entrevista ao ABC News.
Até que em janeiro de 2016, o Dr. Elliot e sua esposa foram sequestrados por militantes islâmicos ligados ao grupo terrorista Al Qaeda. O casal lembrou que quatro homens armados bateram na sua porta e os levaram.
Na época, o médico tinha 82 anos. Jocelyn foi libertada pouco tempo depois, porém Elliot permaneceu refém durante sete longos anos, no deserto do Saara.
Em cativeiro no deserto do Saara
Ken Elliott barbudo com Jocelyn logo após sua libertação. (Foto: Arquivo pessoal/ABC News).
No cativeiro, o médico enfrentou tempestade de areia, tédio, calor e frio extremo, e alimentação pobre. O cristão ganhava apenas macarrão, pão encharcado e arroz para comer. Ken também foi picado diversas vezes por escorpiões e sofreu de escorbuto.
Os sequestradores ainda tentaram converter Elliot ao Islã, porém o médico se recusou a abandonar Jesus.
“O Senhor tem sido bom para mim. Não há como eu desonrá-lo me convertendo ao Islã. Ou mesmo fingindo se converter”, destacou.
Questionado se o médico não se sentiu abandonado por Deus, ele respondeu: “Nunca. Não. Ele estava sempre lá”.
Orações pela libertação
Amado por toda a comunidade em Burkina Faso por seu trabalho, o Dr. Elliot foi alvo de orações de muitos moradores durante o tempo que passou em cativeiro.
Até que, em 2023, Ken foi libertado e voltou para sua família, aos 88 anos. O governo australiano afirmou que não pagou fiança aos extremistas, mas especialistas dizem que terroristas não libertam reféns sem pagamento ou negociação de libertação de prisioneiros islâmicos.
Para o casal Elliot, foi a mão de Deus que guardou e salvou o médico missionário.
“Acreditamos que a única razão pela qual fomos libertados foi porque havia algumas centenas, senão milhares de pessoas orando por isso. E acreditamos na oração”, testemunhou Ken.