Luisa Bessley, dos Estados Unidos, já conhecia o Evangelho e era cristã. Porém, acabou buscando seu valor e sua identidade nas roupas e sapatos que podia comprar.
Se sentido perdida e triste, gastar no shopping se tornou uma fuga dos seus sentimentos negativos.
“Eu estava quebrada e desgastada. Cada vez que Calvin Klein, Michael Kors ou Marc Jacobs lançavam um novo produto que prometia me fazer brilhar, eu corria para o shopping”, contou Luisa, em artigo do Relevant.
“Cada vez que uma revista ou blog dizia ‘isso é o que você deve comprar. Isso é o que as garotas chiques usam’, eu comprei”, confessou.
Buscando ser notada por todos, Luisa gastou seu dinheiro em beleza e moda. “Queria ter cabelos que deslizassem de um lado para o outro em uma cachoeira bem cuidada, um sorriso que nunca amarelasse, olhos que brilhassem sempre. Queria ser motivo de inveja de todos por quem passasse. ‘Essa garota tem tudo, ela é perfeita’”, lembrou ela.
Viciada e endividada
A cristã começou a comprar pequenas coisas online, mas depois evoluiu para compras sozinha no shopping em todos os finais de semana, abrindo mão de encontros sociais com outras pessoas.
A prática se tornou um vício e Luisa passou a fazer compras até durante o horário do almoço.
“A certa altura, eram todos os pensamentos que eu tinha – roupas, bolsas e sapatos – antes de dormir e logo pela manhã. Fiquei obcecada”, revelou.
A mulher gastou o dinheiro do seu empréstimo estudantil em botas de couro, maquiagens caras e jaquetas chiques e acabou com uma dívida de cerca de 15 mil dólares.
“Tudo começou a desmoronar. Uma noite, minha melhor amiga veio me contar sobre o vício de seu marido em pornografia. Pensei: ‘Deve ser uma pena ser tão viciado em alguma coisa’. Continuei dizendo cegamente a mim mesma que comprar coisas não era nada parecido: ‘Foram apenas coisas. Eu tinha um bom emprego. Eu merecia coisas boas. Eu trabalhei duro’”, afirmou.
Buscando a Deus
Até que certo dia, durante um jantar de trabalho, observando as colegas que usavam roupas de marca, mas não a receberam em seu grupo, Luisa caiu em si e percebeu que não era diferente das mulheres não cristãs.
“Vi meu total desespero, era pura e simples idolatria. Eu queria uma identidade feita de coisas lindas e perfeitas. Eu queria conquistar meu lugar entre as pessoas por causa de tudo que possuía e de tudo que isso representava: riqueza e glória”, disse.
E acrescentou: “Eu não estava me voltando para Deus em busca de meu valor. Em vez disso, me voltei para as coisas. E eu era completamente indistinguível daqueles que não acreditam em Deus. Eu me tornei igual a todo mundo”.
Luisa se sentia escrava da prática de comprar compulsivamente. Arrependida, ela passou a buscar libertação em Jesus.
“Comecei a pedir a Deus que restaurasse minha identidade, que me ajudasse a me encontrar nele”, comentou.
A mulher viveu uma transformação em sua vida. “Todos os dias, Deus me lembrava que eu era livre, que não precisava escolher a escravidão e que isso não iria me salvar. Tudo que eu precisava fazer era olhar para Ele e me maravilhar com sua beleza, sua glória resplandecente”, testemunhou.
Ao olhar para Jesus, Luisa foi libertada do vício em comprar. “Talvez eu ainda não esteja completa, talvez nunca estarei nesta vida. Mas pelo menos estou livre”, declarou ela.