Uma pesquisa realizada pelo Comitê Científico Independente para Drogas da Grã-Bretanha aponta o álcool como uma droga mais perigosa do que o crack e heroína, levados em conta os danos causados a usuários e terceiros. A análise feita pelo comitê foi divulgada no início desse mês, pela revista Lancet. No Brasil, temos vários exemplos dos malefícios resultantes do álcool. Mas poucos são os que conseguem se restabelecer. Pr. Fernando Arêde, coordenador nacional do Programa de Recuperação de Dependentes Químicos da JMN, testemunha o caso de Sr. José (nome fictício) que perdeu tudo por conta do vício e, após tratamento na Comunidade Terapêutica Reviver, recebeu de Deus uma nova chance.
"Sr. José é aposentado, morava em um distrito de Muriaé, próximo à cidade de Eugenópolis (MG). Quando ainda trabalhava, só bebia nos finais de semana, mas quando se aposentou, começou a beber todos os dias. Dizia que não tinha mais nada para fazer. Estava esperando o tempo passar. E o tempo passou, destruindo tudo o que José tinha construído. As bebedeiras e as dívidas foram se avolumando a até a casa ele perdeu.
Com o tempo, tornou-se insuportável. Ninguém mais queria estar perto dele, e o pior é que ele mesmo percebia isso. Neste círculo vicioso, Sr. José, já pensando no suicídio, conseguiu ouvir a voz de uma senhora que teve compaixão dele. Ela o convidou a 'tirar umas férias', saindo da área. Ele não tinha opção e concordou. Chegou no Reviver pensando que seria uma espécie de parque de diversões, mas logo percebeu que não era.
Entrou decepcionado, magoado, até que, finalmente, atentou para a novidade que era o evangelho. Depois de alguns meses ele começou a abrir o coração e resolveu levar a sério o que está escrito na Bíblia. Em dado momento ele me disse: 'Pastor, eu sempre achei que os crentes eram malucos... agora eu entendi que o único maluco era eu. Na verdade não sei se foi o Senhor Jesus que me curou do álcool ou se fui eu mesmo, para entender melhor o evangelho'.
Não discuti a opinião. Apenas via a mudança que estava acontecendo no dia-a-dia. Eu sabia que era Jesus, mas o importante era que o José estava se aproximando do Senhor. Depois de um ano ele teve a alta, voltou para a sua terra, logo conseguiu ajuda para ter uma nova casa. Era pequena, mas arrumada. Toda semana ele fazia questão de realizar um culto com os irmãos da Igreja Batista da qual se tornou membro. Com o Sr. José eu vi, de novo, que Jesus nunca desiste. Basta dar uma chance, abrir a porta e Ele entra ".