O Índice de Economia Subterrânea (IES) no Brasil, que mede o conjunto de atividades de bens e serviços que não são reportados ao governo, como ocorre no mercado informal de trabalho, apresentou uma queda de 1,1% em 2011 na comparação com 2009.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (1) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
De acordo com a entidade, a queda do IES vem ocorrendo desde 2003, por conta do crescimento da economia brasileira e da formalização do mercado de trabalho.
Para se ter uma ideia, em 2003, a economia subterrânea representava 21% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em 2011, esse percentual deve ficar em 17,2% do PIB.
Essas atividades não reportadas, que formam a economia subterrânea, têm o objetivo de sonegar impostos, evadir contribuições para seguridade social, o cumprimento de leis e regulamentações trabalhistas e evitar custos decorrentes do cumprimento de normas, explicou Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), responsável pelo estudo.
Apesar da queda, o tamanho da nossa economia subterrânea ainda é equivalente ao PIB da Argentina, ou duas vezes o PIB do Chile, comparou Roberto Abdenur, presidente-executivo do ETCO - Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial.