O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta sexta-feira (15) que o governo ainda está avaliando se vale a pena reduzir a mistura de etanol anidro na gasolina, atualmente no patamar de 25%, para aumentar a oferta de etanol hidratado no mercado.
"Estamos estudando isso constantemente e acreditamos que poderá ser feito antes do término da safra", afirmou Lobão. Em seguida, frisou: "Veja bem, (eu) não disse que será, mas que pode ser".
A próxima reunião do governo para avaliar a questão está marcada para o dia 21 de julho.
Segundo o ministro, a ideia é adotar a mesma estratégia utilizada ao acionar usinas termelétricas para poupar os reservatórios de hidrelétricas. "O problema é que a demanda cresceu muito e a oferta (de etanol) não acompanhou", disse Lobão, em entrevista após participar de posse dos dois novos diretores da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no Rio de Janeiro.
Pela regulamentação atual, o governo pode reduzir a mistura para até 18%.
Lobão defendeu o financiamento do governo federal aos usineiros, para que providenciem estocagem e expansão dos canaviais e aumentem a produção de etanol.
"O incentivo é feito de que maneira? Empréstimo com juro subsidiado, do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), basicamente. Todos os empresários são atendidos com financiamentos. Os que vão construir hidrelétricas têm, não são só os produtores de etanol, não", disse Lobão.