Silêncio faz bem!

“O Senhor é bom para os que esperam nele, para aqueles que o buscam. Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio.” (Lamentações 3:25-26)

Vivemos cercados de barulho: No trânsito, no trabalho, nas ruas e nos ambientes. O ser humano em 2025 está tendo dificuldade de ficar em silêncio porque ele gera introspecção, autoconhecimento e reflexão.

Muitos chegam em casa e ligam a tv só para ouvir o barulho do ambiente. Silenciar é desafiador, pois a quietude parece ensurdecedora.

O ruído das notificações do celular é tentador para desviar o nosso foco.  Diante disso, para preservar o bem-estar e a saúde mental, precisamos desativar as notificações para evitar o estresse em exceção.

Nascemos e crescemos sem internet, e é impossível esquecer o tempo em que brincávamos de bola, andávamos de bicicleta, corríamos bastante e, ao final do dia, depois de um banho, o sono chegava rápido.

Saltamos para 2025 e estamos em um mundo acelerado: As crianças não brincam na rua e vivem grudadas às telas: Ali jogam, acessam às redes, comem, engordam, não socializam nem movimentam o corpo. Sabemos que existem exceções, mas a maioria está crescendo nesta rotina.

Nós, adultos, levamos uma vida acelerada: Com pouco tempo disponível, não nos exercitamos e trabalhamos de 8 a 10 horas por dia diante dos computadores.

Alguns afirmam: “Eu queria fazer alguma atividade física, mas não tenho tempo.” Refletindo sobre isso, aprendemos que nosso tempo é direcionado para aquilo que consideramos importante. Sabemos que cada um vive sua própria realidade, mas é fundamental priorizar alguma atividade - seja academia, caminhada, pilates ou qualquer prática que exercite o corpo. Isso também faz bem para a mente, sabia?

Que tal largar um pouco o celular e simplesmente se exercitar por 40 minutos? Durante o exercício físico — seja em silêncio ou ouvindo uma música — seu corpo vai agradecer por estar se movimentando. A qualidade do sono vai melhorar, e aquelas dores que insistem em nos tirar do eixo também vão diminuir.

Há pessoas que estão sempre em alerta: Pensando se estão cumprindo algo que prometeram a alguém, como se a vida fosse uma lista de tarefas intermináveis. O mundo nos convida a viver conectados com tudo, menos conosco.

Podemos desativar o ruído do nosso cotidiano sem precisar deletar as redes sociais e ir para uma montanha. Isso não é escapar da vida, mas dominá-la dentro de nós.

O silêncio não é literalmente ausência de som, mas foco, clareza e intencionalidade. Podemos começar tirando esse excesso de notificações, garantindo pequenas doses de dopamina no cérebro durante o dia. Às vezes, horas se passam e não concluímos as tarefas que estavam programadas.

Como exemplo, vou falar sobre como isso pode acontecer na minha rotina: Começo a escrever um texto, paro para ver uma notificação no WhatsApp, chega uma mensagem com um link do Instagram, clico nele, assisto a um vídeo e, em seguida, vejo outras postagens. Logo, alguém me envia um conteúdo no direct, clico para ver - e lá se vão minutos. E o texto que estava sendo escrito? A inspiração foi interrompida, e quando tento retomá-lo, já não tenho mais a ideia anterior.

Enquanto escrevo esta reflexão, não chegaram notificações (porque as deixei desativadas); fui tentada com outras distrações, mas decidi me manter firme no propósito de concluí-la. É uma missão que exige foco e determinação nesse mundo hiperconectado.

Enfim, o texto está pronto. Agora, preciso de silêncio…

 

Dione Alexsandra Ferreira é publicitária, pós-graduada em Comunicação Digital; Professora do Centro de Treinamento Bíblico Rhema; autora dos livros "Superação" e "Jornada para a Liberdade", publicados pela Editora Reinar e integrante do Departamento de Comunicação do Centro de Operações do Ministério Verbo da Vida.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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